Juros ao consumidor, que já são altos, sobem mais
As taxas médias cobradas nos crediários do comércio subiram de 72,7% para 80% ao ano
Os bancos acompanharam a alta da Selic para aumentar os juros cobrados ao consumidor, que já são exorbitantes, diga-se de passagem. Entre janeiro e novembro, as taxas médias cobradas nos crediários do comércio subiram de 72,7% para 80% ao ano.
De janeiro a novembro, a Selic, a taxa básica de juros, teve elevação de 2% para 7,75% ao ano. Já em dezembro subiu mais um pouco e chegou a 9,25%. Os dados da Anefac (Associação Nacional de Finanças, Administração e Contabilidade) revelam ainda que os juros do cheque especial passaram de 127,7% para 140,3%. E os do cartão de crédito aumentaram 257,1% para 340,8%.
O avanço dos juros acompanhou também outras linhas, como empréstimo pessoal de bancos e financeiras e o crédito direto ao consumidor. Na média, as taxas nos financiamentos cobradas dos clientes subiram neste ano, até novembro, 15,81 pontos porcentuais, segundo a Anefac. Os juros básicos avançaram 5,75 pontos porcentuais em igual período.
Com a crise, os trabalhadores acabam recorrendo aos bancos em busca de crédito. Mas, com juros enormes, o endividamento é certo. Com tudo custando o olho da cara no Brasil, não dá para honrar os compromissos financeiros.