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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Itaú/Unibanco inicia enxugamento

Um dia depois de o Banco Central aprovar na quarta-feira passada a união dos bancos Itaú e Unibanco, funcionários receberam um telefonema gravado pelo presidente do banco, Roberto Setubal. Na mensagem, ele comunicava que a fusão estava começando e conclamava todos a colaborar. Na sede do Unibanco, balões azuis e laranja, as cores do Itaú, foram colocados em todos os andares para comemorar a união com o antigo rival. O que a mensagem otimista e os balões festivos não deixavam transparecer é que também tinha início o processo de ajustes na estrutura de funcionários do novo banco. Decisões já estavam tomadas, mas a execução aguardava o aval do BC para a transação. Os cortes começaram por áreas onde os salários são mais altos e a sobreposição de equipes, maior: as corretoras de valores e os bancos de investimento e atacado. Esses segmentos foram duramente atingidos pela queda de atividade no mercado de ações e de dívida e demandariam um enxugamento natural, que foi aprofundado devido à duplicidade de estruturas. Nessas áreas, houve uma clara predominância das equipes originárias do Itaú BBA, em detrimento do Unibanco. Na sexta, o Itaú BBA confirmou, em nota, "aproximadamente" 100 demissões, entre banco de investimento e corretora. Mas a nota não esclarece se os números incluem o Unibanco. Mas a maior incógnita são as demissões potenciais na área de varejo dos dois bancos. No total, o Itaú Unibanco tem cerca de 105 mil funcionários (números de setembro) e a maior parte deles na operação de varejo. Nos últimos anos, os dois bancos só aumentaram o quadro de funcionários, mas o cenário agora não é mais de crescimento. Desde que a fusão foi anunciada, Roberto Setubal tem afirmado que não haverá fechamento de agências e que os empregos serão poupados. Mas pessoas ligadas ao banco têm dito a interlocutores que terá que ser feito um ajuste na estrutura de varejo. "Uma operação desse porte demanda redução de custos de 20% a 30% e a maior parte disso é corte de pessoal", diz um experiente executivo de banco. Um corte no "back office" dos dois bancos é esperado. Há informações não confirmadas de um enxugamento de dez mil funcionários em áreas como recursos humanos, marketing, tecnologia etc. Fonte: Valor Econômico



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