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15 de Fevereiro de 2013 às 22:59

Itaú "peca" nos mandamentos do Agir

Banco cobra metas cada vez mais abusivas de seus funcionários, mas não cumpre própria cartilha
As metas abusivas são o capeta na rotina dos bancários, que comem o pão que o diabo amassou para conseguir sobrevida no emprego. No Itaú, além da exigência por números inatingíveis, o banco inferniza ainda mais ao não cumprir a própria e messiânica cartilha do Agir.
Na versão 2013 da cartilha há um espaço para os "10 Mandamentos" e os "7 Pecados Capitais" do programa. O quarto mandamento diz que o banco deve "disponibilizar informações de performance em D+1". Ou seja, a atualização tem de ser feita religiosamente no dia seguinte. Entretanto, há agências onde a última informação disponível é do longínquo 16 de janeiro.
O banco não disponibiliza informações atualizadas para que o bancário fique receoso de seus números e 'se mate' de trabalhar - leia-se, vender - para garantir suas metas.
 Além de não cumprir suas próprias ordens, o Itaú também comete o pecado capital. O de número 5. Nele, está claro: não deveis "realizar ajustes que não beneficiem a rede toda", mas o banco cede às tentações e ajusta as metas para cima, não beneficiando nenhum trabalhador da rede toda, apenas a cobiça dos banqueiros.
Só na abertura de contas, por exemplo, a meta para fevereiro foi reajustada em até 50%". Isso para um mês que tem só 28 dias com um grande feriado, de Carnaval, no meio. É muito mais trabalho em menos tempo, resultando em uma pressão para lá de prejudicial.
Número cabalístico - O número 900 é o verdadeiro "número da besta" no Itaú. Representa o total de pontos que a agência tem de atingir para que os bancários tenham alguma recompensa pelo esforço por vender produtos e serviços.
Se a unidade não atingí-lo, ninguém ganha nada. Não importa se fez 50 ou 899 pontos, abaixo dos 900, nada feito. Isso é um absurdo, os bancários tem de ser valorizados sempre pelo trabalho do mês, nem que seja proporcionalmente, ou seja, caso não atinjam o patamar mínimo, tem de receber pelo menos um percentual do que receberiam com os fatídicos 900 pontos.
Nas faixas de pagamento do Agir, os trabalhadores recebem R$ 642, cada, se a agência atingir entre 900 e 999 pontos.
Não adianta criar cartilhas com associações marcantes, como esses mandamentos e pecados. Os bancários têm é de ser valorizados por meio do respeito à sua saúde, vida pessoal e sendo remunerados adequadamente.
Fonte: Seeb-SP



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