Inflação acumulada em 12 meses até maio ficou em 4,07% no IPCA-15

Prévia da inflação tem terceiro mês consecutivo de desaceleração. Por quê o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não abaixa os juros? Porque o interesse não é aumentar empregos financiando a indústria e o comércio, mas continuar pagando os maiores juros do planeta de títulos da dívida pública, pelo governo aos bancos e especuladores do mercado financeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,51% em maio, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (25/5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A prévia mensal desacelerou pelo terceiro mês consecutivo. Em abril, a variação no IPCA-15 havia sido de 0,57%.

• No acumulado em 12 meses até maio, o IPCA-15 ficou em 4,07% (abaixo dos 4,16% no período até abril);
• No acumulado do ano, a partir de janeiro, a variação é de 3,12%.

O resultado de maio veio abaixo das expectativas do mercado, que esperava variação mensal em torno de 0,64%.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês de maio. Os maiores aumentos de preço ficaram nos grupos Saúde e cuidados pessoais (1,49%) e Alimentação e bebidas (0,94%).

Os dois grupos tiveram também o maior impacto no índice, com 0,20 p.p. cada, isto é, responderam por quase 80% da inflação no período.

Veja a variação por grupos no IPCA-15

• Índice Geral: 0,51%
• Saúde e cuidados pessoais: 1,49%
• Alimentação e bebidas: 0,94%
• Habitação: 0,43%
• Despesas pessoais: 0,40%
• Vestuário: 0,35%
• Educação: 0,07%
• Comunicação: 0,02%
• Transportes: -0,04%
• Artigos de residência: -0,28%

O que é o IPCA-15

O IPCA-15 mede a variação dos preços entre a última quinzena do mês anterior e o a primeira do mês atual. O IPCA-15 é considerado uma prévia do IPCA oficial, que é divulgado no mês seguinte e diz respeito ao mês completo.

No IPCA-15 de maio, os preços foram coletados pelo IBGE entre 14 de abril e 15 de maio de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de março a 13 de abril de 2023 (base).

O índice é calculado pelo IBGE com base em uma cesta de produtos e serviços. Por meio de pesquisas e outras informações sobre o que um brasileiro em certa faixa salarial consome, o IBGE usa o índice inflacionário para estimar a variação no custo de vida médio das famílias.

Fonte: Metropoles com edição da Comunicação do SEEB de Santos e Região