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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Hiroshima 60 anos da explosão da bomba atômica

O ataque americano a Hiroshima foi decisivo para o fim da Segunda Guerra Mundial. Embora houvesse indícios de que o Japão se renderia, os americanos não pouparam os civis e planejaram um ataque direto ao território inimigo, explica a professora de história da USP Maria Luiza Tucci Carneiro. A bomba atômica é até hoje a arma que provocou mais mortes em um curto espaço de tempo. Em apenas 10 segundos, 80 mil pessoas morreram com a explosão em Hiroshima. O ex-militar Kimio Okada, hoje com 82 anos, conta que uma sorte inexplicável o fez escapar da explosão. A potência da bomba atômica, chamada de “little boy” pelos americanos, correspondia a 20 mil toneladas de dinamite. O ataque ficou conhecido como a guerra dos não-combatentes, pois a maioria dos mortos foram civis. Kimio esteve na cidade um dia após o ataque. Décadas depois, os efeitos da radiação causaram ainda a morte de mais cerca de 50 mil pessoas, conta a professora Maria Luíza. Os colegas de Kimio também foram vítimas da radioatividade. Três dias depois, em 9 de agosto de 1945, a cidade de Nagasaki também foi atacada pela bomba atômica. 70 mil pessoas morreram e 25 mil ficaram feridas. Em 15 de agosto de 1945, o Japão rende-se ao exército norte-americano. Termina a Segunda Guerra Mundial.



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