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7 de Setembro de 2010 às 23:59

Grito dos Excluídos pede novas eleições e diz que governador não tem moral para nomear interventor

A edição do Grito dos Excluídos foi levado às ruas por dois dias seguidos este ano. Com o cancelamento do desfile de 7 de setembro os manifestantes haviam antecipado o “grito” para ontem, 6/9, quando aconteceu uma passeata na Marcelino Pires com mais de mil participantes protestando contra a corrupção desvendada pela operação da Polícia Federal do dia 1 de setembro. Com a nova confirmação do desfile para o dia de hoje, 7/9, os organizadores do 16º Grito dos Excluídos decidiram mobilizar os movimentos organizados e a população em geral e voltaram ainda com mais força, como já se tornou tradição em Dourados, para encerrar o desfile, que neste ano contou apenas com o exército. A manifestação do “grito” girou em torno dos envolvidos no escândalo de corrupção que levou para a cadeia o prefeito Ari Artuzi (PDT), a primeira-dama Maria Artuzi, o vice-prefeito Carlinhos Cantor, Cláudio Marcelo Hall, Marcelão (vereador licenciado e secretário de Serviços Urbanos), Alziro Moreno (procurador-geral do município), Tatiana Moreno (secretária de Administração), Ignez Boschetti Medeiros (secretária de Finanças) e Dílson Cândido de Sá (secretário de Planejamento e Obras). Também estão envolvidos e foram presos os vereadores Sidlei Alves (DEM), presidente da Câmara, Aurélio Bonatto (PDT), Edvaldo Moreira (PDT), Humberto Teixeira Júnior (PDT), José Carlos Cimatti (PSB), Zezinho da Farmácia (PSDB), Júlio Artuzi (PRB), Marcelo Barros (DEM) e Paulo Henrique Bambu (DEM). Já os vereadores Gino Ferreira (DEM) e Dirceu Longhi (PT) foram indiciados pela Polícia Federal por também fazerem parte do mesmo esquema de corrupção. Outro ponto ressaltado pelos manifestantes foi em relação à realização de novas eleições e, contra a nomeação de interventor por parte do governo do estado, pois no entendimento dos manifestantes, o governador André Puccinelli não tem moral para nomear interventor, já que a maioria absoluta dos presos a começar pelo prefeito e pelo presidente da Câmara fazia parte do staff de coordenação de sua campanha a reeleição em Dourados. Os manifestantes aproveitaram ainda para protestar contra a nomeação do novo secretário de Educação, Idenor Machado, porque ele não representa mudanças na administração da pasta, por já ter ocupado a secretaria estadual de Educação por 12 anos, nas gestões de Wilson Barbosa Martins (governo), Humberto Teixeira (prefeito) e, por oito anos na administração de Braz Melo (prefeito), pesando sobre ele muitas dúvidas e críticas durante essas gestões. O Sindicato dos Bancários que ajudou na organização do “grito” participou ativamente das manifestações pela punição dos envolvidos e por novas eleições já e ainda aproveitou a oportunidade para levar a Campanha Salarial dos Bancários ao “grito”, com algumas faixas da Campanha Nacional sendo carregadas pelos diretores.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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