'Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?' este foi o lema de 2024. Atos aconteceram em Dourados e no resto do país no dia 7/9

Neste sábado, 7 de setembro, em Dourados como é tradição nos 30 anos em que os movimentos saem às ruas em todo o Brasil denunciando as desigualdades sociais no capitalismo, os bancários se juntaram aos demais movimentos sindicais e sociais do município voltados à defesa dos trabalhadores e das camadas menos favorecidas da sociedade para gritar por justiça social. A 30ª edição do Grito dos Excluídos em Dourados, como acontece todos os anos, foi realizado na Avenida Marcelino Pires, no final do desfile cívico.

A mobilização reuniu movimentos populares, organizações sociais e entidades sindicais, entre elas o Sindicato dos Bancários de Dourados e Região MS, com o objetivo de dar voz às pautas de segmentos minorizados da sociedade como a população negra, os indígenas, mulheres, LGBTQIA+, população em situação de rua, movimentos que lutam por moradia digna entre vários outros.

Pauta da categoria bancária

O sindicato aproveitou a oportunidade para levar à principal avenida da cidade, a pauta da categoria bancária. Com três faixas a diretoria da entidade denunciou as metas abusivas que causam adoecimento físico e mental nos bancários e bancárias, os juros altos que geram desemprego, desigualdade e violência e, também cobrando menos juros, mais empregos e o fim das terceirizações e que os bancos parem de demitir. A pauta dos juros interessa não apenas a categoria bancária, mas a toda a sociedade.  

A história do grito   

O Grito nasceu no Brasil a partir da atuação das pastorais sociais ligadas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e se firmou como um espaço de denúncia das desigualdades sociais. Todos os anos, ele ocorre no Dia da Independência, ocupando ruas e praças, justamente para que se possa fazer uma reflexão à data sobre a real independência da população. Os atos foram realizados nas principais cidades do país.

Luta deste ano

Neste ano, o lema do Grito dos Excluídos foi “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?”. Durante todos os anos a mensagem foi sobre a necessidade de superação das desigualdades, de ter um olhar do processo de exclusão social ainda existente no país. Alguns temas já existiam desde 1995, mas tomaram força nos últimos anos como a fome, a   proteção à vida, o meio ambiente, relacionado à crise ambiental, que tomou grandes proporções este ano, além da intolerância não só política, mas a social que exclui e oprime segmentos da sociedade brasileira.

Sindicato dos Bancários de Dourados e Região MS

Por Joacir Rodrigues