Para conquistar o que é direito da categoria, os bancários entram nessa segunda-feira no sexto dia de greve que só tem aumentado desde o seu início em todo o país. Em Dourados mesmo com a sorrateira pratica antissindical do Bradesco, que tenta forçar seus empregados a furar a greve ela se mantém forte e coesa, já que o golpe do interdito, a exemplo do ano passado, não deu resultado, pois mesmo com o interdito as três agências do banco no município continuaram fechadas. É lamentável que em alguns locais, como em Dourados, a Justiça do Trabalho ainda caia nessa farsa do banco que lucrou mais de R$ 4,5 bilhões só no primeiro semestre e conceda liminar de interdito proibitório sem levar em consideração o direito de Greve constitucionalmente garantido aos trabalhadores. Na base do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, além da sede, Dourados, que manteve 100% das agências paralisadas nos três primeiros dias da greve, as cidades de Maracaju, Rio Brilhante, Fátima do Sul e Juty também participam da greve. Segundo o presidente do Sindicato, Raul Verão, “a partir de agora o movimento tende a se intensificar e, as agências bancárias que ainda não aderiram a paralisação receberão a visita do Sindicato, para encaminhar a decisão da assembléia que contou com quase 200 trabalhadores que aprovaram a greve por ampla maioria”. GREVE CADA VEZ MAIS FORTE Em Mato Grosso do Sul, a exemplo de todo o país, a greve é forte e 92 agências ficaram fechadas na sexta-feira, terceiro dia de paralisação, sendo 48 em Campo Grande, 25 na base de Dourados e mais 09 nas bases de Ponta Porã e Naviraí. No Brasil, 6.215 agências foram fechadas nos 26 Estados e no Distrito Federal, além de dezenas de centros administrativos de todos os bancos nas capitais, segundo dados enviados pelos sindicatos à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Trata-se de um crescimento de 27% em relação ao segundo dia, quando 4.895 agências foram paralisadas. O fortalecimento da greve é a sonora resposta dos bancários ao silêncio dos bancos”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.