Greve continua em todo o Brasil
A Confederação Nacional dos Bancários (CNB) informou que cerca de 100 mil dos 300 mil trabalhadores membros de sindicatos que aprovaram a greve não trabalharam. Em São Paulo, de acordo com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, 25 mil trabalhadores de 260 locais de trabalho paralisaram suas atividades, sendo que 160 agências permaneceram fechados durante todo o dia. Na capital paulista, houve confronto com a Polícia Militar. Duas pessoas foram detidas e liberadas em seguida. Segundo a CNB, também houve ação da PM em Niterói (RJ), onde um manifestante ficou ferido. A PM utiliza o interdito proibitório para usar a força. O documento judicial é usado pelos bancos para impedir piquetes. No Rio, cerca de 70% dos bancários aderiram à greve. A CNB informou que a greve continua por tempo indeterminado. Os bancários rejeitam a proposta oferecida no dia 20 de setembro pela Fenaban, de reajuste salarial de 4% e abono de R$ 1.000. A principal reivindicação da categoria, que tem data-base em 1º de setembro e conta com 400 mil trabalhadores em todo o Brasil, é um aumento 11,77% nos salários. De acordo com a Fenaban, "a distância entre as duas propostas continua muito grande e não adiantará fazer reuniões enquanto esta distância não diminuir". "Mantemos o esforço de negociar, mas os números precisam se aproximar", disse a entidade. Dirigentes da CNB vão nesta sexta a Brasília para tentar marcar uma audiência com o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, e com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Eles reclamam da violência da Polícia Militar contra os bancários que participam do movimento grevista, especialmente contra os trabalhadores do Bradesco.