Greve arranca proposta com aumento real, valorização dos pisos e PLR maior
A Fenaban, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal apresentaram ao Comando Nacional dos Bancários nesta segunda-feira, 13° dia da maior greve da categoria nos últimos 20 anos, novas propostas que contemplam aumento real de salário, valorização dos pisos (R$ 1.250 nos bancos privados e R$ 1.600 no BB e na Caixa), melhoria na PLR e definição de mecanismos de combate ao assédio moral. "Foi a força da greve nacional e da unidade dos bancários, que paralisou tanto os bancos públicos quanto privados, que obrigou os bancos a saírem da intransigência e apresentarem propostas que contemplam nossas principais reivindicações", avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários. Reunido após as negociações, o Comando Nacional decidiu orientar os sindicatos a realizarem assembleias em separado nesta quarta-feira 13 em todo o país. - e consideram que tanto a proposta geral apresentada pela Fenaban quanto das específicas do BB e da Caixa contêm avanços importantes para os trabalhadores. Nesta segunda-feira, 13° dia da greve nacional, 8.187 agências foram fechadas em todo o país, de bancos públicos e privados, além de dezenas de centros administrativos de todos as instituições financeiras, conforme levantamento encaminhado pelos sindicatos à Contraf-CUT até as 20h10. A nova proposta da Fenaban ● Reajuste de 7,5% (o que representa aumento real de 3,1%) para quem ganha até R$ 5.250. ● R$ 393,75 ou reajuste de 4,29% (inflação do período) para os salários superiores a R$ 5.250 - o que for mais vantajoso para os bancários. ● Reajuste de 16,33% (aumento real de 11,54%) nos pisos salariais, que ficariam assim: - Portaria: R$ 870,84. - Escritório: R$ 1.250,00. - Caixa: R$ 1.250,00. ● PLR: - Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.100,80, com teto de R$ 7.181. - Parcela adicional : 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.400,00. - Isso significa que na regra básica o reajuste é de 7,5% e na parcela adicional de 14,28%. Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 15.798. - Antecipação da PLR: 60% da regra básica mais 50% da parcela adicional até 10 dias corridos após a assinatura da Convenção Coletiva. ● Gratificação de caixa: R$ 311,67. ● Outras verbas de caixa após 90 dias: R$ 147,38. ● Adicional tempo de serviço: R$ 17,83. ● Gratificação de compensador de cheques: R$ 101,56. ● Auxílio-refeição: R$ 18,15. ● Auxílio-cesta alimentação: R$ 311,08. ● 13ª cesta-alimentação: 311,08. ● Auxílio-creche/babá: Reajuste de 7,5% com adequação à nova legislação sobre o ensino fundamental (6 anos de idade a partir de 2011), passando o valor para R$ 261,33 por 71 meses. Haverá uma regra de transição para quem já recebe o auxílio, conforme a idade do filho, recebendo uma antecipação em parcelas pelo valor que receberia por 83 meses. ● Auxílio-funeral: R$ 599,61. ● Ajuda deslocamento noturno: R$ 62,59. ● Indenização por morte/incapacidade decorrente de assalto: R$ 89.413,79. ● Requalificação profissional: R$ 893,63. ● Prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, que inclui definição de mecanismos de combate ao assédio moral, a serem implementados mediante adesão voluntária dos sindicatos e dos bancos por meio de acordo aditivo. ● Compensação dos dias parados no prazo entre a data da assinatura da Convenção Coletiva e 15 de dezembro de 2010, nos mesmos moldes do ano passado. ● Segurança bancária: - No caso de assalto, atendimento médico ou psicológico logo após o ocorrido. - O banco registrará BO em caso de assalto, tentativa e sequestro. - Possibilidade de realocação para outra agência ao bancário vítima de sequestro. - Apresentação semestral de estatísticas nacionais sobre assaltos e ataques na Comissão Bipartite de Segurança Bancária. Atualizada às 02h04 Fonte: Contraf-CUT