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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Governo quer novos direitos para empregadas domésticas

Além da criação de um sistema especial do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o governo poderá garantir outros direitos para os empregados domésticos. Está em estudo nos ministérios da Previdência e do Trabalho a possibilidade de assegurar à categoria o pagamento de seguro-desemprego e de férias de 30 dias. O governo também cogita proibir descontos que hoje os patrões podem aplicar aos salários dos domésticos com gastos de alimentação, vestuário e higiene. Esse conjunto de novos direitos para a categoria foi incluído pelo Congresso na votação da medida provisória que estabelece benefícios para os empregadores que recolhem a contribuição previdenciária de empregados domésticos. De início, o governo estava disposto a vetar os artigos da MP com o seguro-desemprego, os 30 dias de férias e a proibição dos descontos. Nas últimas reuniões realizadas pela Previdência e pelo Trabalho, passou a ser considerada a possibilidade de não vetar tais direitos ou, se vetados, incluí-los no projeto de lei a ser enviado ao Congresso com o sistema especial do FGTS para os domésticos. Hoje, para ter direito ao seguro-desemprego, os domésticos precisam comprovar o recolhimento à Previdência e ao FGTS. No texto da MP, o único requisito passa a ser a comprovação do recolhimento da contribuição previdenciária. No caso das férias, a regra atual prevê 20 dias úteis. Pela MP, os trabalhadores domésticos passam a ter direito a 30 dias corridos de férias, o que iguala esses trabalhadores aos demais. Os descontos referentes a alimentação, vestuário e higiene hoje são permitidos, mas o texto da MP aprovado pelo Congresso passa a proibi-los. O argumento é que esses valores não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração. O sistema especial do FGTS em estudo pelo governo pode fixar alíquotas iniciais de 2% ou 4% para o FGTS. Gradualmente, tais alíquotas chegariam a 8%. Nas duas simulações, fica descartada a multa de 40% nas demissões sem justa causa. A intenção do governo é enviar um projeto de lei para o Congresso com o novo sistema junto com o veto parcial à MP. É uma alternativa à obrigatoriedade do FGTS para os domésticos fixada pelo Congresso no texto da MP. O governo entende que a medida desestimularia o registro em carteira.



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