Com agenda já definida, o governo coloca em ação a privatização dos bancos públicos. O alvo tem sido as subsidiárias da Caixa, que já têm datas para serem vendidas. A abertura de capital da área de Seguros deve ocorrer em outubro e as demais, como Cartões, Loterias e a gestão de ativos, em 2021.

Quem também está na mira é o banco digital da Caixa, que atualmente está sendo responsável pelo pagamento do auxílio emergencial. O objetivo é transformar a plataforma em uma nova subsidiária que teria o capital aberto também no ano que vem, aumentando o percentual de patrimônio público nas mãos do mercado.

Com a abertura de capital de setores estratégicos da Caixa, o governo enfraquece o papel social desempenhado pelo banco. Devido à crise atual, a situação piora ainda mais, já que pela instabilidade do mercado financeiro, as empresas podem ser vendidas por valores bem abaixo do que realmente valem.

Quem mais irá sofrer é a população que vive na vulnerabilidade social. As áreas a serem privatizadas permitem que o banco financie com menores taxas a compra da casa própria e realize a operação de toda a área social, como benefícios ao trabalhador, acesso a produtos e serviços por meio da bancarização, como é o caso do Fies.