Funcionários do Bradesco entregam Minuta e cobram fim das demissões

A defesa do emprego foi o ponto principal da reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco com os representantes do banco, que ocorreu no dia 09/6, na sede do Bradesco em São Paulo..
A pauta de reivindicações especificas foi aprovada no Encontro Nacional dos Funcionários do Bradesco com destaque na manutenção do emprego. Entre outras prioridades aprovadas pelos bancários destacam-se auxílio-educação, adiantamento de férias, plano de cargos e salários, remuneração total, segurança bancária, plano de saúde e seguro saúde, fim do assédio moral e metas abusivas.
Para o coordenador da COE do Bradesco, Gheorge Vitti, o banco foi duramente criticado pela onda de demissões e pela falta de contrações que aterroriza os bancários e bancárias de todo o território nacional, embora o banco tenha negado, que exista uma onda de demissões, alegando que as demissões são de ordem natural, ou seja, de troca qualitativa ou relacionadas ao desempenho, pedidos de demissões e aposentadorias.
Demissões
No primeiro trimestre de 2016, o banco Bradesco teve lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões, equivalente a uma redução de 3,8% em relação ao mesmo período de 2015. Mesmo fechando o início do ano com lucro, o banco manteve sua política de corte de postos de trabalho. Em apenas um ano, de março de 2015 a março de 2016, foram 3.581 empregos a menos no segundo maior banco privado do país. Somente de dezembro de 2015 a março deste ano, foram extintas 1.466 vagas de trabalho.
Também houve redução no número de agências. São 152 unidades a menos em março de 2016, na comparação com março de 2015.
Segundo Janes Estigarribia, representante da COE-Bradesco junto a FETEC-CUT/CN(Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte), o banco demite e não contrata, isso tem gerado sobrecarga de trabalho para quem fica e muita reclamação por parte dos
clientes que necessitam esperar por muito mais tempo para atendimento. As demissoes pode provocar um caos no atendimento aos clientes do Bradesco
Outra situação agravante é o assédio moral, que vem de cima. A direção do banco exige que o funcionário cumpra as metas, mas não dá condições pela falta de funcionário das agencias. Isso tem levado muito trabalhadores do Bradesco a pedir o desligamento da empresa.
Os dirigentes sindicais reivindicaram que na próxima reunião o banco apresente os números de contratações feitas em todo o país.