Funcionários decidem acordo com BNDES em assembleia nesta segunda (12)
Instituição foi intransigente durante toda a negociação, que precisou ser mediada pelo TST
As entidades sindicais e as associações dos funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizam, nesta segunda-feira, dia 12, uma assembleia para decidir se aprova a proposta apresentada na última reunião de conciliação com o banco, mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). A votação será online, pelo sistema Vota Bem, das 13 às 20 horas. Votam os funcionários do Sistema BNDES, que inclui, além do banco, as subsidiárias BNDESPAR e Finame.
A proposta contempla os termos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, assinada este ano com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), com validade de dois anos. Para 2022, o acordo prevê reajuste de 8% retroativo a setembro, e, para 2023, correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5% – condicionado aos resultados do grupo de trabalho (GT) específico para estudo sobre o plano de saúde, oferecido a funcionários, aposentados e seus dependentes, como definido no parágrafo 4º da cláusula 32 do Acordo Coletivo de Trabalho. Conheça aqui detalhes da CCT da categoria. Também está prevista a cláusula pós-emprego, uma antiga reivindicação do funcionalismo.
O vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Vinícius Assumpção, que participa de todo o processo de negociação, lembra que “é fundamental a participação na assembleia, para termos uma decisão madura e com alta representação, que sempre foi uma marca do funcionalismo do BNDES”. As entidades sindicais indicam a aprovação do acordo formulado na conciliação mediada pelo TST.
O BNDES é o único banco que ainda não assinou o acordo com seus funcionários. A instituição agiu com grande intransigência durante toda a campanha dos bancários, sempre buscando retirar direitos adquiridos ao longo de décadas de luta dos funcionários, até que a negociação foi levada à mediação do TST.
Fonte: Contraf-CUT