Apesar de os resultados da Funcef de 2019 terem mostrado rentabilidade de 11,52% (índice 2,3 pontos acima da meta de 9,18%) nas operações com participantes, modalidade do Credplan, a Fundação não facilita o acesso ao crédito aos empregados, mesmo em momento de tanta dificuldade.

A suspensão da cobrança das parcelas de empréstimos por dois meses no período de julho a agosto de 2020 pode não ser vantajoso para o participante.  A opção dada pela Funcef estende o prazo de pagamento e, por consequência, o valor do empréstimo por conta dos juros acumulados. Caso faltem muitos meses restantes para a quitação, suspender a cobrança pode significar no aumento considerável de parcelas.

Para o movimento sindical, a taxa do Credplan poderia ser reduzida em cerca de 2 pontos percentuais. Medida que preservaria a sustentabilidade da carteira, fator que não é levado em consideração pela Funcef. A taxa dos empréstimos da Fundação chega a ser 2,4% superior à meta atuarial hoje.

O restabelecimento da margem consignável do CredPlan é outra medida que traria alívio aos empregados. Em comunicado, a Fundação afirmou que a margem será efetivada quando novo contrato entre o INSS e a Funcef for assinado. Enquanto isso, os participantes continuam sem crédito.