Fim do fator previdenciário, valorização do salário mínimo e jornada de 40 horas
As centrais sindicais, uma das principais bases de apoio da presidente eleita Dilma Rousseff, esperam manter um canal de diálogo aberto com o novo governo. O reajuste do salário mínimo, fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho e política econômica são alguns dos temas que já estão na pauta dos debates. A redução da jornada de trabalho para 40 horas, defendida pelo movimento sindical, pode beneficiar 18,7 milhões de pessoas. Hoje, mais de 22% dos trabalhadores atuam mais de 48 horas semanais. O fim do fator previdenciário também será defendido pelas centrais. O mecanismo reduz o valor das aposentadorias e leva em conta a idade ao se aposentar, o tempo de contribuição e a expectativa de vida. O cálculo diminui em até 40% o valor real das aposentadorias. Mesmo sabendo das dificuldades em aprovar os projetos, o movimento sindical está confiante. O otimismo é justificado pelo fato de Dilma Rousseff ter sido peça importante de um governo que promoveu uma verdadeira revolução social no país, tirando 20 milhões de pessoas da linha de pobreza e criando 15 milhões de novos postos de trabalho com carteira assinada. Os trabalhadores confiam no compromisso da presidente eleita em concentrar esforços para reduzir a pobreza.