Foi realizada nos dias 30 de junho e 1º de julho, em Brasília, a Conferência Regional da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro Norte (Fetec-CUT Centro Norte), de onde foram tiradas as posições do movimento sindical da região sobre os temas da Campanha Nacional de 2010, agrupados nos eixos de sistema financeiro, remuneração, emprego, saúde e segurança bancária. Estiveram presentes, os dirigentes sindicais de Dourados, Raul Verão, Carlos Longo, Janes Estigarribia e Warter Ogima, eleitos delegados para participarem desse evento em assembléia no dia 17 de junho na sede do Sindicato de Dourados. Os representantes de Dourados levaram as propostas debatidas durante o Encontro Regional dos Bancários realizado no dia 26 de junho em Dourados. Além dos dirigentes de Dourados,estiveram presentes dirigentes da Federação e dos demais sindicatos filiados das localidades de Barra do Garças (MT), Brasília, Mato Grosso, Roraima, Rondonópolis (MT), Rondônia, Pará-Amapá e Acre. Também marcaram presença o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro, e a presidenta da Fetec Centro-Norte, Sônia Rocha. O encontro foi aberto pelo presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, que fez uma análise da conjuntura do sistema financeiro nacional. Em sua fala, Carlos criticou a concentração do sistema financeiro, no qual os seis maiores bancos controlam cerca de 80% do mercado. Citando o Artigo 192 da Constituição Federal, que determina a regulamentação do sistema financeiro, questionou o papel desempenhado pelo sistema no país. “Será que o sistema financeiro que conhecemos tem servido aos interesses da coletividade?”, questionou o presidente da Contraf-CUT. Carlos também lembrou as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores e as diferenças de oportunidade entre homens e mulheres, lembrando que estas representam 48,4% do setor, recebendo em média 78,6% dos salários dos homens, segundo o Mapa da Diversidade. O secretário de Finanças da Contraf-CUT, Roberto Von Der Osten, discorreu sobre os temas do emprego, segurança e saúde do trabalhador. Roberto avaliou os impactos da modernização do trabalho no sistema financeiro e na vida do trabalhador. Segundo ele, o sistema se modernizou investindo em novas tecnologias e equipamentos, principalmente através da informatização, mas essas melhorias não significaram condições dignas de vida para os trabalhadores. “Nós continuamos sofrendo com o excesso de trabalho, que piorou muito com a possibilidade de o bancário cumprir sua jornada laboral também em casa ou em visitas externas, afim de atingir metas. Esse excesso de trabalho tem provocado o adoecimento de muitos trabalhadores, numa escala nunca vista”, ponderou ele.