Evento sobre Acidentes no Trabalho tem participação do Sindicato de Dourados.
O Brasil celebrou nesta sexta-feira (27), o 40º ano consecutivo, o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho.
Para a CONTRAF Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramos Financeiro, é inconcebível, termos que estabelecer datas para denunciar as altas ocorrências de acidentes e adoecimento no trabalho.
As mortes chegam a índices alarmantes no Brasil, sendo que dentro dos bancos o numero de adoecimentos e afastamento por problemas de saúde já acendeu o sinal amarelo e estamos para entrar no vermelho se não forem tomadas atitudes para mudar este quadro.
Precisamos que os bancos implementem programas de prevenção contra doenças e acidentes trabalho, e por parte do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Sindicatos de Trabalhadores, constantes ações de fiscalização e autuações.
Neste novo modelo de gestão de trabalho bancário, que leva em conta uma reestruturação produtiva, onde são introduzidas novas tecnologias, a terceirização e intensificação do trabalho, exigindo do trabalhador um ritmo intenso sobre pressão e em muitos dos casos, através do assédio, estão levando muitos bancários e bancárias a se aposentarem mais cedo por conta da invalidez na saúde.
O serviço de medicina do trabalho praticado pelos bancos é carregado de conservadorismo, tem postura burocrática e cartorial, não caminha no sentido da prevenção de acidentes e doenças e está extremamente subordinado aos interesses exclusivos das empresas.
A Fundacentro – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, Departamento de Campo Grande MS, órgão ligada ao Ministério do Trabalho e Emprego, promoveu um amplo debate sobre conceitos, princípios básicos e legislações referentes à segurança e saúde no trabalho no dia 27 de Julho.
As palestras visaram levar à compreensão do processo de trabalho /saúde/adoecimento e a identificação de formas de intervenção de modo a tornar compatível permanente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
Infelizmente no Brasil, a falta de interesse dos empresários, banqueiros, detentores dos meios de produção no investimento em programa de prevenção em acidentes de trabalho e adoecimentos são alarmantes. Eles entendem gastos com a Saúde do Trabalhador como custo oneroso para suas empresas é por isso não assumem compromisso com a causa.
O Governo Federal gasta hoje 1.8 % do PIB Nacional algo em torno de 70 bilhões de reais com atendimento a Doenças e Acidentes de Trabalho. O Governo está buscando mecanismo para repassar estes custos para as empresas como forma de puni-las.
Dentro dos órgãos de defesa dos trabalhadores também não é diferente, muitos sindicatos não estão priorizando e levando a sério o problema, exemplo foi a baixa participação dos dirigentes sindicais no evento. A maioria presente era de Técnicos em Segurança no Trabalho que estavam buscando aprimorar seus conhecimentos na área.
Do Sindicato dos Bancários de Dourados, esteve presente o diretor da pasta de Saúde e Meio Ambiente de Trabalho, Ronaldo Ferreira.
O Sindicato dos Bancários de Dourados, tem buscado na medida do possível se envolver nas Políticas Publicas de Saúde. Ronaldo Ferreira e Walter Teruo Ogima, são atualmente membros do Conselho Municipal de Saúde e da Comissão Intersetorial de Saude do Trabalhador, este ultimo ligado ao CEREST Centro em Referencia em Saude do Trabalhador, programa do Ministério da Saúde voltado para prevenção e promoção da Saúde Pública do Trabalhador dentro do Sistema Único de Saúde - SUS.
Para o Sindicato de Dourados, a situação só irá se resolver, quando Empresários, Governo e Trabalhadores, juntos sentarem e negociarem ações que busquem o desenvolvimento do País priorizando o Trabalho Decente com qualidade de vida.
Sindicato dos Bancários de Dourados e Região