22 de Abril de 2015 às 23:59
Entidades assinam manifesto em “Descomemoração aos 50 anos da Globo”
Um ano após a implantação do regime militar no Brasil, que durou de 1964 até 1985, nascia a gigante conservadora da comunicação denominada de Rede Globo, que completa 50 anos de monopólio no próximo domingo (26/04).
Hoje envolvida em escândalos como a falta de demonstração relacionada ao pagamento de impostos à União, o chamado Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) e a presença de globais como Jô Soares, Maitê Proença, Marília Pêra e Edson Celulari nas contas secretas da Suíça reveladas pela Swissleaks do HSBC, o império da TV Globo tem acirrado ainda mais o caráter autoritário, desinformador e altamente parcial do grupo nos últimos anos.
Cheia de pompa e grandes eventos promovidos pela empresa, a semana que marca as celebrações ligadas à rede, também é uma semana de descomemoração para movimentos sociais e sindicais comprometidos com a verdade dos fatos.
O manifesto “50 anos da TV Globo: vamos descomemorar” assinado por entidades como o FNDC (Fórum Nacional para Democratização da Comunicação) e o Centro de Estudos Barão de Itararé, reforça o caráter de protesto à TV que sempre beneficiou os mais conservadores, entre militares torturadores e políticos nada progressistas.
Completar 50 anos de uma rede que nunca lutou pela democratização da comunicação e tampouco pelas reformas política, agrária e trabalhista, está longe de ser motivo de celebração para a população. É, antes, momento de muita indignação.
Clique aqui e veja também: Artigo de Vagner Freitas: No mundo de mentiras da mídia, PL 4330 seria bom