Delegados e delegadas do congresso aprovaram o texto base apresentado pela diretoria do sindicato e o plano de lutas para os próximos três anos

No encerramento do 10º Congresso dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Dourados e Região MS, realizado nesta sexta (30) e sábado (31) na sede do Sindicato em Dourados, os bancários e bancárias e demais trabalhadores do ramo financeiro de Dourados e Região MS discutiram e aprovaram o texto base apresentado pela diretoria do sindicato e o plano de lutas para o enfrentamento dos desafios da categoria no próximo triênio que visa manter e avançar nas conquistas dos trabalhadores do ramo financeiro.

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A mesa diretora, eleita pela plenária para conduzir os trabalhos no segundo dia do congresso, foi composta por Raul Lídio Pedroso Verão, bancário do Itaú de Dourados; por Edson Claudio Rigoni, da Caixa Econômica Federal de Fátima do Sul e, por Nayla Silvanie Cristaldo, bancária da Caixa Econômica Federal de Nova Alvorada do Sul. A coordenação geral do congresso, eleita em assembleia no dia 24 de abril, ficou a cargo dos bancários Janes Estigarribia, do Bradesco de Dourados; Laudelino Vieira dos Santos, do Santander de Dourados e, Leonardo Freitas Nunes, aposentado do Bradesco de Dourados.

Após a eleição da mesa diretora, a mesma fez a leitura do regimento interno do congresso que colocado em votação foi aprovado por unanimiddade e sem alterações pelos delegados e delegadas da instância máxima de deliberações da categoria.

Ato continuo os palestrantes, Mauro Salles, Secretário de Saúde e Condições de Trabalho da Contraf-CUT e Andreia Ferreira, Economista do Dieese ER/MS, foram chamados à mesa para discorrer sobre o tema: Impactos no Emprego e na Saúde da Categoria Bancária Frente as Transformações Tecnológicas no Sistema Financeiro.

O primeiro a falar foi Mauro Sales, que iniciou destacando que “hoje a nossa categoria tem um alto índice de afastamento por doença por questões psicológicas, psíquicas, as doenças mentais e comportamentais e, em relação a outros setores, outras atividades econômicas, a nossa ponteia o número de afastamento segunda dados do próprio INSS, isso tem uma íntima relação de como o trabalho é organizado, como são impostas as condições de trabalho pra gente.”

Segundo Salles, os impactos das transformações tecnológicas geram cada vez mais pressão por metas abusivas, redução de pessoal e acúmulo de funções, gerando um aumento constante de fadiga, desmotivação com um alto custo pra saúde de qualquer pessoa, levando a crises de ansiedade, distúrbios do sono e adoecimento mental. “Precisamos ter capacidade de denunciar, acolher e ter ação institucional. É urgente debater metas, reorganizar o trabalho e exigir respeito à saúde mental, assim como denunciar precarização travestida de inovação e exigir que o processo tecnológico também beneficie quem trabalha.” Finalizou Mauro Salles.  

Clique aqui e assista o vídeo na íntegra da palestra de Mauro Salles

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Na sequência da palestra, a pesquisadora do DIEESE, Andreia Ferreira, iniciou a sua fala destacando a questão da Tecnologia de Inteligência Artificial (IA) dizendo que “as mesmas são classificadas por sua capacidade de imitar características humanas e destacando que as transações financeiras por canais digitais passam de 52% do total de transações em 2016 para 79% em 2023, enquanto as transações por canais físicos caíram de 33% para 7%.”

Andreia disse também, que na verdade nunca foi fácil a ação sindical, mas é imperativo que nós trabalhadores consigamos se unir e dialogar, porque a tecnologia no setor bancário ou ramo financeiro, ela seja mais evidente. É o primeiro contato que múltipla população tem acesso ou são impactados com essa tecnologia ela vai acabar afetando e tem afetado todos os outros ramos e outras categorias profissionais e empregos.

“Então é importante se apropriar desses espaços, desses momentos pra pensar essa relação de trabalho, ainda mais com essas novas tecnologias, o como essas relações de trabalho está comprometendo a qualidade de vida dos trabalhadores e assim buscar saídas, a gente tem que buscar saídas e eu acredito realmente que nós somos capazes, com os instrumentos que a gente tem, ou até desenvolver esses instrumentos pra gente corrigir esses desvios, por assim, sempre defendem essa novas tecnologias como a solução de todos os problemas e na verdade a gente tem visto que elas são criadoras de novos problemas e não há preocupação por parte dos agentes do outro lado da história de resolver isso.” Finalizou Andreia.      

Clique aqui e assista o vídeo na íntegra da palestra de Andreia Ferreira

Ao final da apresentação de Mauro Salles e Andreia Ferreira a mesa diretora abriu o debate sobre o tema apresentado pelos mesmos para que os delegados e delegadas fizessem perguntas, discutissem e tirassem as dúvidas sobre a apresentação, com a plenária participando ativamente e enriquecendo o debate junto aos palestrantes.

Finalizando o 10º Congresso foi realizada a plenária final, onde o texto base do congresso foi colocado à apreciação dos delegados e delegadas que ao final da leitura do mesmo pela componente da mesa diretora, Nayla Silvanie Cristaldo, colocado em votação foi aprovado por unanimidade pela plenária. Na sequência o componente da mesa, Raul Verão, apresentou as propostas do plano de luta da categoria para o próximo trimestre, que após a discussão e alguns destaques apresentados e com apenas uma abstenção na votação, foi aprovado com as alterações sugeridas.

No encerramento do evento a coordenação geral do congresso agradeceu a todos os presentes, em especial aos palestrantes, que foram chamados novamente à frente para receberem uma lembrança dos bancários de Dourados e Região, entregue pelas diretoras do Sindicato, Juliana Junqueira e Ivanilde Fidelis.    

Seeb-Dourados e Região MS, com imagens de Ivanilde Fidelis (Fifi)