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8 de Março de 2022 às 08:37

Emprego some e renda encolhe com Bolsonaro

Desemprego atinge mais as mulheres no Brasil

A necropolítica ultraliberal do governo Bolsonaro deixa um rastro de retrocessos aos brasileiros. Além do desemprego recorde - quase 14 milhões de pessoas estão de fora do mercado de trabalho -, o custo de vida alto, a inflação na casa de dois dígitos e o fim da política de valorização do salário mínimo encolhem a renda drasticamente.

O atual cenário, no entanto, não surpreende. Na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro dizia que a população teria de escolher entre emprego e direito. Passados três anos, faltam trabalho e direito. Para completar, a inflação alta, resultado da ineficiência do governo Bolsonaro, corroí o poder de compra da maioria da população.  

Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) comprovam. A renda média do brasileiro encolheu 14% na comparação entre novembro de 2021 e abril de 2020. É o menor nível da série histórica, iniciada em 2012.

A pandemia não é a principal responsável. Basta analisar a situação nos países vizinhos. Nos últimos dois anos, nenhuma outra nação sofreu tanto como o Brasil. O cenário é de caos. Não à toa a fome voltou e cerca de 20 milhões de pessoas que não têm nada para comer no país. Outras 116 milhões vivem em insegurança alimentar, sem saber se vão conseguir fazer as três refeições básicas do dia.

Por isso, retomar o crescimento com geração efetiva de emprego e recuperação do rendimento deve ser uma das prioridades para os próximos anos. Um grande desafio para o governo que chegará ao Palácio do Planalto a partir de janeiro de 2023.

Desemprego atinge mais as mulheres no Brasil

As mulheres foram as mais afetadas pela deterioração do mercado de trabalho desde 2020. Cerca de 8,6 milhões deixaram o mercado de trabalho, aponta os dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

As mulheres são maioria entre os brasileiros desempregados, em empregos informais, precarizados ou sem proteção social. Desde o início da crise sanitária, em março de 2020, uma parte expressiva das brasileiras perdeu a ocupação e "muitas nem buscaram nova inserção", por conta do preconceito.

Tem mais, o rendimento da mulher é cerca de 75% do rendimento de um homem não negro. As mulheres negras chegam a receber 47% da remuneração paga para um homem branco.



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