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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Economia: Entrevista com Herinque Meireles

09/01/2005 A maior contradição com que o PT terá de lidar neste ano eleitoral será defender a política econômica, da qual discorda frontalmente. O alvo preferencial do PT passou a ser o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, responsável pela execução da política de juros. Nesta entrevista Meirelles defende o BC e destaca os efeitos sociais positivos da política de combate à inflação. JUROS - É normal que o Banco Central assuma posições mais cautelosas do que o resto do setor privado no que diz respeito ao juros. Em todo o caso, em 2005, a inflação vai ficar acima da meta de 5,1%. Se ficou acima da meta, não dá para dizer que o Banco Central exagerou nos juros. OPINIÃO PÚBLICA - Algumas camadas da população entendem que a inflação não é fenômeno tão nefasto como se diz e que é possível crescer mais com mais inflação. É concepção errada, fruto de nossa história. Quando ficarem mais claras as vantagens da inflação baixa e da inflação na meta, essa batalha vai perder importância. MERCADO - O BC se encarrega de fixar os juros de curto prazo. Mas os juros que têm mais impacto sobre a economia são os de médio e de longo prazos fixados pelo mercado. Todas as vezes que o Banco Central baixa os juros de forma voluntarista e inconsistente, o mercado reage. Identifica um aumento da inflação futura e puxa para cima os juros de prazos mais longos. Os juros reais (descontada a inflação) de longo prazo estão caindo no Brasil. Nossa expectativa é de que continuarão caindo na medida em que a inflação convirja para a meta; na medida em que os riscos macroeconômicos estejam diminuindo e na medida em que a política fiscal seja mantida. CÂMBIO - O Banco Central trabalha com metas de inflação; não trabalha com metas de câmbio. Não pode ter metas conflitantes. Em janeiro de 2004 anunciou objetivos na área cambial: aumento do nível de reservas e diminuição da exposição cambial na dívida pública brasileira. Está obtendo sucesso nisso. É só conferir o nível de reservas e a impressionante diminuição da vulnerabilidade na exposição cambial. RESERVAS - Não há um número que a priori defina o nível de reservas. Os países que atingiram esse nível só concluíram que estava adequado depois que o atingiram. Se neste ano o Banco Central comprar o mesmo volume de dólares que comprou em 2005, chegaremos a mais de US$ 80 bilhões FONTE: DIÁRIO CATARINENSE



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