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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Direção do BB diz que “pacote é irreversível”

Na reunião que aconteceu, nesta segunda-feira, com o presidente do Banco do Brasil, Lima Neto, a direção do BB manteve postura intransigente. Afirmou que o pacote é irreversível, fazendo apenas pequenas correções, como estender o prazo do plano de incentivo à aposentadoria. A adesão continuaria até o final de junho, mas com a opção podendo ser feita também por aqueles que atingiriam as condições de 1º de julho até 31 de dezembro. Para os descomissionados, seria estendido o prazo do “esmolão”, o recebimento das comissões por dois meses a mais além daquele determinado pelo regimento interno, de quatro meses. Sobre os caixas executivos, disseram que não voltariam atrás. Questionados se a intenção era fazer com que os comissionados passassem a abrir os caixas sempre que precisar, os negociadores do banco afirmaram que não querem isso porque os “caixas avulsos” sairiam mais “caro” para a empresa. Sobre terceirização, disseram que continuarão a fazer, porque, segundo eles, estariam “dentro da lei”. “Denunciamos que a direção do banco está tomando uma postura que levará a uma gestão temerária, com desrespeito à legislação, desvio de função, terceirização fraudulenta”, diz Marcel Barros, coordenador da Comissão de Empresa dos funcionários. “Essa postura intransigente é inaceitável, como a direção do banco não quer negociar verdadeiramente, vamos nos organizar e fazer com que mude essa postura com atividades no dia 23, o Encontro Nacional dos bancários em Brasília e outras atividades. Só mudaremos essa postura com muita mobilização”, conclui. PCC/PCR – O único avanço da reunião com a direção do BB é que se dispuseram a retomar, por dois meses, as negociações do PCC-PCS. “Queremos retomar as negociações, mas não aceitaremos ser chamados para homologar propostas da direção do Banco, como queriam no caso do PCR. Se for para negociar de verdade, estamos dispostos a trabalhar para encontrar uma proposta que favoreça a maioria dos bancários”, afirma William Mendes, secretário de Imprensa da Contraf-CUT.



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