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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Diferença de tarifas entre bancos chega a 567%

Está cada vez mais caro manter uma conta bancária no Brasil. Além da quantidade de tarifas e dos aumentos promovidos nos últimos anos, a disparidade entre as taxas é grande. O que exige muito cuidado por parte dos consumidores no momento de escolher o plano adequado para suas necessidades. Segundo levantamento feito pela Pro Teste Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, com 14 instituições financeiras, a diferença entre os pacotes bancários pode chegar a 567%. O economista da entidade, Leonardo Diz, comenta que muitas vezes os consumidores não usam todos os serviços embutidos nos pacotes. "O problema é que as pessoas não têm acesso à cesta de tarifas. Quem escolhe é o gerente", critica ele. Leonardo explica que os serviços usualmente disponíveis nas cestas são: extrato, saque, cheques e transferências. O que varia entre as instituições (e entre as cestas) é a quantidade de serviço de cada uma. Se usar mais do que o previsto, você paga pelo que excedeu. A entidade analisou 56 cestas de serviços e constatou que, na maioria dos bancos, é mais vantajoso contratar uma cesta de serviços que pagar pelas tarifas avulsas. O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, recomenda que os consumidores identifiquem os serviços bancários mais usados e faça uma pesquisa entre as instituições. "O objetivo é negociar as taxas cobradas, mas se isso não for possível, vale a pena trocar de instituição", diz ele, em estudo sobre a evolução das tarifas bancárias entre 2001 e 2006. Oliveira recomenda ainda que os consumidores usem serviços bancários de internet, que normalmente não tem tarifas, e que não façam cheques de valor baixo. "As taxas são elevadas para punir esse tipo de uso." Outra dica dele é usar racionalmente os serviços. Normalmente, como não sabem o preço das tarifas, tendem a exagerar no uso dos serviços. "É freqüente os consumidores tirarem diariamente extratos e dinheiro no caixa eletrônico." Transferência de custódia A decisão do Banco Central de transferir a custódia do papel moeda, até então em seu poder, para o Banco do Brasil, pode parar no bolso do consumidor, afirma o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central de São Paulo (Sinal). Segundo a entidade, o serviço vem sendo feito pelo BB desde julho com tarifa de 0,016% sobre o serviço. Antes, o custo era zero. O presidente do Sinal, Daro Piffer, afirma que esse custo adicional poderá ser repassado para o consumidor na forma de aumento de tarifa bancária. Fonte www.terra.com.br 05/08/2006



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