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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Dia do Bancário, festa, corrida e muita luta

Comemora-se em todo o país neste dia 28 de agosto, o Dia do Bancário. A data ficou conhecida em 1951, quando a categoria decidiu inovar a luta por reivindicações salariais e por melhores condições de trabalho. Na época, eles reivindicavam reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço. Infelizmente, as sucessivas tentativas de negociação fracassaram. Os bancários recusaram o dissídio coletivo e, em São Paulo, realizaram paralisações simbólicas de 5 minutos dos dias 12 de julho a 2 de agosto. Os banqueiros acenaram com um reajuste em torno de 20%, mas os bancários mantiveram a reivindicação. No dia 28 de agosto de 1951, uma assembléia histórica no Sindicato dos Bancários, contando com a presença de 28% da categoria, decidiu ir à greve para conquistar seus direitos. A greve foi forte e foi duramente reprimida pelas autoridades. O DOPS prendia e espancava os grevistas. Em todo o Brasil a manipulação da imprensa levou os bancários de volta ao trabalho, mas a categoria em São Paulo resistiu. A repressão aumentou em São Paulo. Somente após 69 dias de paralisação, a categoria arrancou 31% de reajuste. REFLEXOS - Após o término da paralisação a repressão foi ainda mais acentuada. Centenas de bancários foram demitidos e as comissões por bancos foram desmanteladas pelos banqueiros. Mas a greve de 1951 colocou em xeque a lei de Greve do Governo Dutra. Foi em função da greve que nasceu em 1955 o DIEESE. O dia do bancário, 28 de agosto, remete a uma história de lutas. A história da greve de 1951 mostra que só a unidade nacional garante conquistas - que não permitam a repressão posterior. Por isso, 56 anos depois, vamos continuar firmes. Em Dourados o Sindicato promoveu um almoço no sábado para os bancários e realizou a 4ª Corrida Pedestre dos Bancários no domingo. Neste dia 28 serão distribuidos panfletos falando da data e da luta dos bancários por novas conquistas.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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