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3 de Agosto de 2017 às 10:04

Deputados mostram que tem preço e mantém Temer na presidência

A Câmara dos Deputados proporcionou mais um espetáculo patético que entrará para a parte triste da história do Brasil. Após Michel Temer pulverizar R$ 2,34 bilhões em emendas parlamentares, entre junho e julho deste ano, 263 deputados votaram favoravelmente ao arquivamento do pedido de investigação de corrupção pelo Supremo Tribunal Federal (STF), feito pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot. Outros 227 parlamentares pediram a investigação e 19 se abstiveram.

Com o pedido de investigação barrado na Câmara, Michel Temer só poderá ser julgado na Justiça Comum quando deixar a presidência da República, já que somente com a concordância dos deputados o STF pode julgar um presidente.

Com a galeria fechada para o povo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), iniciou a sessão pontualmente às 9h com a leitura do parecer do relator Paulo Abi Ackel (PSDB-MG), que se manifestou favorável ao arquivamento da denúncia.

Ao final do dia começou a votação nominal dos deputados para que manifestassem seus votos. Os 171 votos necessários para a obstrução da denúncia foram alcançados após o 286º deputado ser chamado.

Da bancada de Mato Grosso do Sul na Câmara dos Deputados, quatro parlamentares votaram pelo arquivamento da investigação contra o presidente Michel Temer (PMDB) por corrupção e os outros quatro votaram pelo prosseguimento da denúncia.

Carlos Marun (PMDB), aliado declarado do comandante do país, votou “sim”, pelo arquivamento da acusação, cumprindo com o que já havia dito que faria. “Confio na inocência do presidente porque acredito que está governando bem o Brasil. Este relatório nada tem em termos de prova, voto sim ao relatório”, disse durante a declaração de voto.

Elizeu Dionizio (PSDB), Geraldo Rezende (PSDB) e Tereza Cristina (PSB) também votaram “sim” sem dar declaração de voto.

O PSDB, partido de Elizeu e Geraldo, liberou os deputados da bancada para votarem como quisessem. Já Tereza Cristina contrariou a orientação da legenda.

Dentre os que são a favor do prosseguimento da denúncia, Dagoberto Nogueira (PDT) foi o primeiro a votar “não”. “Estou convicto de que houve crime pelas provas robustas do processo e pelo que vem noticiando a imprensa nacional. Por isso, voto não”, declarou.

Vander Loubet (PT) e Zeca do PT também votam “não”. Já Luiz Henrique Mandetta (DEM) surpreendeu contrariando algumas lideranças do partido – dentre elas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – e votou a favor da denúncia contra o presidente.



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