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7 de Abril de 2020 às 15:02

De forma unilateral, Banco do Brasil determina férias compulsórias

Depois de criticar o isolamento social e declarar que é “melhor” a população se infectar com o coronavírus “o quanto antes para que a economia volte a funcionar normalmente”, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, volta a aprontar mais uma. Desta vez, com os funcionários.

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De forma unilateral, a direção da empresa obriga os trabalhadores a tirarem férias compulsórias, incluindo aqueles que estão no grupo de risco. Os funcionários estão sendo assediados para aceitar a decisão, tomada sem qualquer negociação.

De acordo com denúncias, o Itaú e o Santander também têm adotado práticas semelhantes, impondo férias sem aviso ou acordo. Os bancos usam como base o artigo 3º, II e art. 6º, § 1º, da MP 927, editada pelo governo Bolsonaro há cerca de 15 dias e que atende apenas aos interesses das empresas.

A medida, além de injusta, pois obriga o trabalhador a utilizar as férias sem programar e em momento de reclusão social, desrespeita a Convenção Coletiva de Trabalho que exige negociação prévia com as entidades sindicais.

No BB, não é só isso. Há denúncias de que a instituição financeira também assedia os funcionários para que retornem às atividades normais, deixando o tele trabalho. Para se livrar de qualquer responsabilidade, obriga os bancários a assinarem uma declaração informando que não residem com pessoas do grupo de risco. Terrorismo puro que coloca em risco a vida de milhares de brasileiros.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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