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31 de Julho de 2017 às 10:07

CUT: Melhor proposta para superar a crise é a da classe trabalhadora

O presidente da CUT nacional, Vagner Freitas, mostrou otimismo com a possibilidade de o campo político popular derrotar as políticas recessivas e de retirada de direitos impostas pelo atual governo e de mobilizar a sociedade para garantir as diretas, já e a eleição de um governo democrático que represente a retomada do desenvolvimento econômico e social do Brasil. O sindicalista disse durante o painel que tratou da avaliação da atual conjuntura nacional e internacional, realizada neste sábado, 29, na Conferência Nacional dos Bancários, em São Paulo, que os trabalhadores têm a melhor proposta para o Brasil sair da crise e retomar o desenvolvimento social e econômico.

"Nós avançamos claramente depois dos governos democráticos e populares e nos tornamos uma alternativa real de poder reconhecida pela classe trabalhadora e que sensibilizou uma parcela do capitalismo nacional, principalmente da indústria e de setores que vêem no projeto nacional desenvolvimentista, que inclui a todos, um campo fértil para o próprio crescimento de seus negócios.Não tenho dúvidas de que muito do golpe é por conta de que nossas propostas são muito superiores às da direita", disse.

Vitória no tapetão

Para Vagner, a direita sabe que não tem condições de vencer e assumir o poder através dos meios democráticos. "O que assusta a direita brasileira e a leva a deixar o campo da democracia, da representatividade e vá para o campo da brutalidade, da inconstitucionalidade, do tapetão, para usar uma gíria do futebol, é porque eles não têm condições de convencer a sociedade da viabilidade de seu projeto no diálogo, na apresentação de sua proposta política", acrescenta.

O sindicalista fez ainda uma avaliação da conjuntura internacional. "Não tenho dúvidas de que o motivo principal desta crise mundial e de todo o investimento feito para que burguesia tomasse o estado brasileiro e retirasse direitos dos trabalhadores é por conta da crise do capitalismo baseado no rentismo. Este modelo acabou com o processo de desenvolvimento industrial e não dá conta dos problemas da humanidade. Eles estão construindo uma barbárie, um estado que não vai dar conta do caos social. Portanto, é plenamente viável uma proposta de desenvolvimento nacional, que inclua amplos setores da sociedade, para derrotar este projeto excludente, rentista, criado por estes setores golpistas. É possível mostrar à sociedade que o resultado do golpe é ruim para todos".

Reforma da Previdência

O sindicalista disse também que é necessário mostrar aos brasileiros que a reforma da Previdência arrebenta com as economias dos municípios brasileiros.

"A atual política de arrocho promove a destruição do setor comercial. Podemos convencer prefeitos, vereadores e empresários destas regiões que nossa proposta de é a melhor opção para o Brasil."

Na opinião de Vagner, não faz sentido o atual processo de destruição de indústrias nacionais de ponta, que ganham o mercado internacional, e que esta ação é orquestrada para atender aos interesses do capital estrangeiro.

"É estranhíssimo ver o capitalismo brasileiro quebrar suas principais fontes, como a o setor da construção civil brasileira, que é ponta no mundo inteiro, assim como o da indústria da carne. A questão principal que envolve a Petrobras não é o mensalão, o petrolão, mas sim a disputa do mercado externo, onde o Brasil ganhou espaço na exploração de petróleo e gás, especialmente a partir da descoberta do Pré-Sal", destaca.

No final, o líder cutista alertou sobre o maior risco da atual reforma sindical para os trabalhadores. "Eles não querem apenas extinguir os sindicatos, mas principalmente acabar com a Justiça do trabalho. Não querem nenhuma regulação por parte do estado, como o papel do Ministério Público do Trabalho, que multa as empresas que cometem ilegalidades contra o trabalhador", conclui.

 

fonte: cut



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