Se no Brasil a crise internacional ainda não provocou prejuízos drásticos no sistema financeiro, em todo o mundo os bancários já sentem os efeitos da turbulência. Desde setembro, os maiores bancos do planeta já demitiram mais de 150 mil funcionários. Na quarta-feira, o Credit Suisse, gigante do setor, engrossou “o caldo” das dispensas, com corte de 5,3 mil empregados para economizar 2 bilhões de dólares. A onda de demissões no sistema financeiro começou com a quebra do Lehman Brothers, Citigroup, Goldman Sachs e JPMorgan Chase, alguns dos maiores bancos do mundo e, pelo que demonstra, ainda pode provocar estragos em muitos mercados emergentes, como a América Latina. No Brasil, o movimento sindical se mobiliza a fim de garantir que a crise não reproduza prejuízos semelhantes, sobretudo, agora, com as recentes mega operações envolvendo grandes bandeiras, como Santander-Real e Itaú-Unibanco. Os dirigentes sindicais têm se reunido com a direção dos bancos e buscado apoio no Congresso Nacional para garantir a manutenção dos empregos e de direitos fundamentais do trabalhador.