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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Cresce a taxa de sindicalização no Brasil

O aumento do emprego formal e a luta dos sindicatos para representar cada vez melhor os trabalhadores resultaram na expansão do número de sindicalizados no Brasil. Em 2005, cerca de 18% dos trabalhadores eram sindicalizados. Esse percentual é pequeno, mas vem crescendo desde 2001, quando a taxa era de 16%. Márcio Pochmann, economista da Unicamp, diz que a sindicalização subiu devido a dois movimentos. No setor rural, por causa do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), no qual a participação dos sindicatos é definitiva para ter acesso ao crédito rural. No setor urbano, o que puxa a sindicalização é a recuperação do emprego com carteira assinada, especialmente nas grandes empresas. De 1995 a 1999, houve queda na sindicalização. "O contexto da sindicalização foi tão grave que só 8 a cada 100 trabalhadores ficavam sócios dos sindicatos", conta Pochmann. "De 1999 a 2005, o ambiente da sindicalização se mostrou tão favorável, porque houve a expansão de 13,7 milhões de novos postos acompanhada do adicional de 4,2 milhões de novos sindicalizados. Em resumo, a cada 100 trabalhadores que encontraram uma ocupação, 31 terminaram se sindicalizando", calcula o economista. Para Clemente Ganz, economista do Dieese, com a melhora do mercado de trabalho, os sindicatos voltaram a ter mais sócios e as negociações salariais voltaram a ter importância. "O sindicato passa a ter mais visibilidade junto às bases", afirma. O técnico do Dieese diz que os sindicatos ganharem mais poder de fogo nas negociações salariais com a economia estabilizada. Em 2006, os trabalhadores obtiveram aumento real acima da inflação em 86% das negociações salariais realizadas, o melhor resultado nos últimos 11 anos.



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