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10 de Março de 2016 às 23:59

Contraf e entidades representativas vão se reunir com Miriam Belchior nesta quinta-feira

No encontro, agendado graças à pressão dos trabalhadores, a presidente do banco deverá apresentar o plano de reestruturação que pretende implantar
Representantes da categoria reforçam a importância da Caixa continuar forte e valorizar os empregado - Arquivo
Representantes dos trabalhadores da Caixa Econômica Federal, entre eles dirigentes da Contraf-CUT, da Fenae, e da Comissão Executiva dos Empregados, foram chamados para uma reunião com a presidente do banco, Miriam Belchior. No encontro, que será realizado nesta quinta-feira (10), em Brasília (DF), a direção da empresa deverá apresentar a proposta de reestruturação que pretende implantar.
De acordo com o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, a importância da Caixa para o país e os brasileiros indica que o caminho a ser seguido é o de fortalece-la, e não o de diminui-la. “O papel social é, sem dúvida, uma das principais características do banco. Basta ver a atuação no pagamento de benefícios sociais e nos investimentos em habitação, saneamento e infraestrutura. O Brasil precisa de uma Caixa forte, com trabalhadores mais valorizados. Não podemos aceitar nada diferente disso”, afirma.
Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa, lembra que a pressão feita pela categoria foi fundamental para que a reunião fosse agendada. “Foi graças às mobilizações que fizemos nas unidade e nas redes sociais, cobrando principalmente respeito aos acordos coletivos e transparência na gestão, que conseguimos o encontro. Os Dias de Luta, por exemplo, movimentaram milhares de colegas. É sabido que a situação nas unidades é de sobrecarga e adoecimento. E, por isso, não aceitaremos retrocessos”, avisa.
A CEE/Caixa, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, será representada por Genésio Cardoso, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região. “Nossa maior preocupação é com os empregados, que não podem ser prejudicados de forma alguma com essas mudanças previstas. A Caixa fechou 2015 com quase 83 milhões de correntistas e poupadores, 5,9% a mais que no ano anterior, o que significa que a demanda nas agências também aumentou”, destaca.
Balanço de 2015
A reunião com a presidente Miriam Belchior acontecerá dois dias após a divulgação do balanço de 2015. No ano passado, o banco teve lucro líquido de R$ 7,2 bilhões. O retorno sobre o patrimônio líquido médio foi de 11,4%. A margem financeira alcançou R$ 41 bilhões, avanço de 18,9% em 2015, impactada, principalmente, pelo aumento de 30,5% nas receitas de crédito e de 44,9% no resultado com títulos e valores mobiliários e derivativos.
O crédito habitacional continuou a ser o principal destaque do crédito, com evolução de 13% no ano e saldo de R$ 384,2 bilhões, que representa a liderança de mercado com 67,2% de participação. Já as operações de saneamento e infraestrutura apresentaram saldo de R$ 70,9 bilhões, crescimento de 24,9% em relação ao ano anterior. A poupança, com saldo de R$ 241,4 bilhões, continua sendo a fonte de recursos mais importante para as operações habitacionais.
Na área social, foram pagos cerca de 163,3 milhões de benefícios sociais, correspondendo a R$ 27,5 bilhões. Em doze meses, a Caixa injetou R$ 732,7 bilhões na economia brasileira por meio de contratações de crédito, distribuição de benefícios sociais, investimentos em infraestrutura própria, remuneração de pessoal, destinação social das loterias, dentre outros.
 
 
Representantes da categoria reforçam a importância da Caixa continuar forte e valorizar os empregado
Fonte: Fenae



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