O consórcio formado pelos bancos europeus Royal Bank of Scotland (RBS), Santander e Fortis confirmou a compra do ABN Amro Real, com 86% das ações. O maior negócio bancário do mundo envolve 71 bilhões de euros. O Santander anunciou que, em três anos, pretende adotar a estratégia de marca única no Brasil e extinguir a bandeira ABN, assim como fez quando comprou o Banespa, onde foi implementado um plano de demissão voluntária. O Santander já anunciou que vai implementar um processo de reestruturação, que inclui a divisão dos ativos. Além disso, durante a transição, o banco será uma unidade do RBS e propriedade conjunta das empresas, através de uma sociedade a ser constituída para a operação: a RFS Holding. A fusão preocupa os empregados, pois a transação deve provocar 19 mil demissões em todo o mundo, a maioria no Brasil. Com a redução do quadro, os prejuízos da categoria só aumentam: sobrecarga de trabalho e assédio moral. O Santander informou que a intenção é alcançar, em médio prazo, resultados compatíveis com os do Bradesco e Itaú. Mas, em contrapartida, não apresentou proposta alguma para garantir o emprego de milhares de famílias.