23 de Julho de 2015 às 23:59
Confira como foi a negociação com a Caixa nesta quarta-feira
Em rodada de negociação, bancários exigiram contratações, fim do GDP, reversão de ações antissindicais, crescimento do banco público, entre outras reivindicações
Mais empregados, fim do GDP (Gestão de Desempenho de Pessoas); comissão para rever o PSI (Processo Seletivo Interno); e revogação do desconto dos trabalhadores que aderiram ao Dia Nacional de Luta contra o PL da Terceirização. Estas foram as reivindicações apresentadas à Caixa pelos integrantes da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), na rodada de negociação permanente, realizada nesta quarta-feira 22, em Brasília.
“O objetivo é melhorar as condições de trabalho e corrigir injustiças que favorecem o assédio moral, além de coibir práticas antissindicais”, diz o diretor executivo do Sindicato de São Paulo e integrante do CEE, Dionísio Reis. “Lamentavelmente, o banco não atendeu as reivindicações. Vamos continuar batalhando para que a Caixa reconheça a importância de crescer e propiciar boas condições de trabalho. Com a mobilização dos bancários e o envolvimento da população, vamos pressionar a instituição”, destaca.
Contratações – De dezembro de 2014 a março de 2015 houve saldo negativo de 1.188 postos de trabalho na Caixa, sendo que no mesmo período foram abertas 10 agências, evidenciando a urgência de aumentar o quadro de empregados.

Contratações – De dezembro de 2014 a março de 2015 houve saldo negativo de 1.188 postos de trabalho na Caixa, sendo que no mesmo período foram abertas 10 agências, evidenciando a urgência de aumentar o quadro de empregados.
Em 2014, a Caixa se comprometeu com a contratação de dois mil trabalhadores. Já existia essa deficiência, agravada com a saída de bancários que aderiram ao Programa de Apoio à Aposentadoria, a Caixa, que costumava elevar o saldo de contratações no setor financeiro, hoje puxa essa conta para baixo, reduzindo mais de dois mil postos. Isso prejudica as condições de trabalho e o atendimento à população.
Na negociação, o banco informou que ainda não decidiu sobre a retomada das contratações, mas disse que cumprirá o acordo de 2014. O Movimento Sindical avalia que está cada vez mais difícil para a Caixa honrar com a sua palavra já que, em vez de contratar, reduziu o quadro em mais de dois mil empregados.
Fim do GDP – No encontro, os trabalhadores voltaram a exigir o fim da Gestão de Desempenho de Pessoas. A GDP foi imposta de forma unilateral e contribui para a precarização das relações de trabalho, por meio da cobrança individualizada de metas e incentivo à concorrência entre bancários. Entretanto, em resposta, o banco informou que irá manter a implantação do programa, que desde 1º de julho funciona nas gerencias médias e até 2016 deve ser ampliado para cobrar metas pessoais de todos os empregados.
Ao não rever a GDP, o banco fere a cláusula 56 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), que determina que o monitoramento de resultados ocorra de forma positiva, com equilíbrio e respeito. Por ser individual, a meta expõe e constrange os trabalhadores. Além disso, o banco corre risco de descumprir ainda a cláusula 36, que veta a divulgação de rankings individualizados. Na avaliação do movimento a Caixa está fazendo gestão de resultados e não de pessoas, por isso GDP deveria significar Gestão de Desempenho de Produtividade. A CEE exige a suspensão imediata do programa e o fim das metas abusivas.
Revisão do PSI – Após muita luta, o Movimento Sindical e trabalhadores conseguiram a alteração da política de promoções da Caixa, substituindo nomeações das chefias pelo Processo Seletivo Interno que, na teoria, deveria garantir condições justas para a ascensão profissional. Porém, após diversas alterações sem consulta aos funcionários, o mesmo perdeu a objetividade, lisura e transparência.
A prova para o banco de habilitados, parte do PSI, possui diversos problemas: conteúdos que não constam no edital; questões mal formuladas; não divulgação do gabarito; impedimento de recursos por parte dos trabalhadores; além do fato de ser feita nos locais de trabalho, prejudicando sua lisura. Foi reivindicado, mais uma vez, a criação de uma comissão para rever o processo. O banco de habilitados é uma boa iniciativa. O problema é a forma como foi aplicado.
Na mesa de negociações, o banco novamente frustrou os trabalhadores ao recusar a criação da comissão para debater formas do PSI ser mais justo e eficiente na identificação de talentos pela própria Caixa.
Ação antissindical – Outra importante reivindicação apresentada aos representantes da Caixa foi a revogação do desconto de quem aderiu ao Dia Nacional de Luta contra o PL da Terceirização, ocorrido em 29 de maio. O Sindicato de São Paulo tem atrasado a abertura de agências e realizado abaixo-assinados contra esta postura do banco. Na negociação, a Caixa considerou a possibilidade de negociar a questão e ficou de dar uma resposta concreta posteriormente.
O PL da Terceirização, que tramita no Senado como PLC 30/2015, representa risco para todos os trabalhadores. O banco não pode punir alguém por exercer o direito de se manifestar. O movimento exige a revogação do desconto e reversão dos reflexos na carreira.
Próximos passos – Diante de tantas negativas, a mobilização dos trabalhadores irá aumentar cada vez mais até o banco reconhecer a importância de cada reivindicação.
O papel da Caixa é financiar o desenvolvimento do país, financiar e operacionalizar programas sociais, além de regular o sistema financeiro nacional através da concorrência. O Movimento Sindical em conjunto com os trabalhadores lutou esse ano todo para que a Caixa continuasse 100% pública. Os trabalhadores não vão permitir que ela se omita desta tarefa.
Na negociação, o banco informou que ainda não decidiu sobre a retomada das contratações, mas disse que cumprirá o acordo de 2014. O Movimento Sindical avalia que está cada vez mais difícil para a Caixa honrar com a sua palavra já que, em vez de contratar, reduziu o quadro em mais de dois mil empregados.
Fim do GDP – No encontro, os trabalhadores voltaram a exigir o fim da Gestão de Desempenho de Pessoas. A GDP foi imposta de forma unilateral e contribui para a precarização das relações de trabalho, por meio da cobrança individualizada de metas e incentivo à concorrência entre bancários. Entretanto, em resposta, o banco informou que irá manter a implantação do programa, que desde 1º de julho funciona nas gerencias médias e até 2016 deve ser ampliado para cobrar metas pessoais de todos os empregados.
Ao não rever a GDP, o banco fere a cláusula 56 da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho), que determina que o monitoramento de resultados ocorra de forma positiva, com equilíbrio e respeito. Por ser individual, a meta expõe e constrange os trabalhadores. Além disso, o banco corre risco de descumprir ainda a cláusula 36, que veta a divulgação de rankings individualizados. Na avaliação do movimento a Caixa está fazendo gestão de resultados e não de pessoas, por isso GDP deveria significar Gestão de Desempenho de Produtividade. A CEE exige a suspensão imediata do programa e o fim das metas abusivas.
Revisão do PSI – Após muita luta, o Movimento Sindical e trabalhadores conseguiram a alteração da política de promoções da Caixa, substituindo nomeações das chefias pelo Processo Seletivo Interno que, na teoria, deveria garantir condições justas para a ascensão profissional. Porém, após diversas alterações sem consulta aos funcionários, o mesmo perdeu a objetividade, lisura e transparência.
A prova para o banco de habilitados, parte do PSI, possui diversos problemas: conteúdos que não constam no edital; questões mal formuladas; não divulgação do gabarito; impedimento de recursos por parte dos trabalhadores; além do fato de ser feita nos locais de trabalho, prejudicando sua lisura. Foi reivindicado, mais uma vez, a criação de uma comissão para rever o processo. O banco de habilitados é uma boa iniciativa. O problema é a forma como foi aplicado.
Na mesa de negociações, o banco novamente frustrou os trabalhadores ao recusar a criação da comissão para debater formas do PSI ser mais justo e eficiente na identificação de talentos pela própria Caixa.
Ação antissindical – Outra importante reivindicação apresentada aos representantes da Caixa foi a revogação do desconto de quem aderiu ao Dia Nacional de Luta contra o PL da Terceirização, ocorrido em 29 de maio. O Sindicato de São Paulo tem atrasado a abertura de agências e realizado abaixo-assinados contra esta postura do banco. Na negociação, a Caixa considerou a possibilidade de negociar a questão e ficou de dar uma resposta concreta posteriormente.
O PL da Terceirização, que tramita no Senado como PLC 30/2015, representa risco para todos os trabalhadores. O banco não pode punir alguém por exercer o direito de se manifestar. O movimento exige a revogação do desconto e reversão dos reflexos na carreira.
Próximos passos – Diante de tantas negativas, a mobilização dos trabalhadores irá aumentar cada vez mais até o banco reconhecer a importância de cada reivindicação.
O papel da Caixa é financiar o desenvolvimento do país, financiar e operacionalizar programas sociais, além de regular o sistema financeiro nacional através da concorrência. O Movimento Sindical em conjunto com os trabalhadores lutou esse ano todo para que a Caixa continuasse 100% pública. Os trabalhadores não vão permitir que ela se omita desta tarefa.
Fonte: Seeb-São Paulo, Osasco e Região