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16 de Março de 2022 às 09:29

Com Bolsonaro, gasolina supera a inflação em 158%

Enquanto eleva os preços dos combustíveis a níveis absurdos no Brasil, o governo Bolsonaro vai aumentar a produção de petróleo para reduzir o preço da gasolina nos Estados Unidos

A necropolítica ultraliberal imposta pelo governo Bolsonaro é responsável pela disparada sem controle dos preços dos combustíveis. Hoje, a média nacional da gasolina é de R$ 6,683. Em janeiro de 2019, custava nas bombas R$ 4,20, de acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo).

O aumento em três anos foi de 56,5%. O diesel teve alta maior, saiu de R$ 3,4, no início do mandato de Bolsonaro, para R$ 5,8, crescimento de 69,1%. O gás também disparou e milhões de brasileiros, para não morrer de fome, usam lenha e até álcool para cozinhar. O botijão de 13 quilos que custava, em média, R$ 69,00, hoje é vendido a mais de R$ 100,00, aumento de 47,8%. Em Dourados o botijão chega a ser encontrado até por R$ 130,00 e já começa a ser vendido parcelado. Em São Paulo já chegou a R$ 150.

No mesmo período, o IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo) ficou em 21,86%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ou seja, os aumentos consecutivos do preço da gasolina superam em 158,46% a já elevada inflação.  

Para favorecer EUA, Bolsonaro amplia produção de petróleo

É para ficar indignado. Enquanto eleva os preços dos combustíveis a níveis absurdos no Brasil, o governo Bolsonaro vai aumentar a produção de petróleo para reduzir o preço da gasolina nos Estados Unidos. Uma prova de que a necropolítica ultraliberal só beneficia os países desenvolvidos, em detrimento do empobrecimento do restante do mundo. 

A Secretaria de Energia do governo americano pediu para ampliar a produção, sob justificativa da disparada do preço do petróleo, provocada pelas incertezas no mercado internacional com a guerra entre Ucrânia e Rússia.

Mas, para os brasileiros, Jair Bolsonaro não adotou nenhuma medida para romper a política de preços da estatal, que tem feito uma série de aumentos que pesam no bolso dos cidadãos.

A realidade das privatizações

O preço médio nacional nem sempre traduz a realidade. Na Bahia, por exemplo, a gasolina passa dos R$ 8,00 em diversos municípios. Segundo a ANP, o Estado tem o combustível mais caro do país. Em Salvador, o cidadão já não encontra posto com preço abaixo de R$ 7,00 o litro.

Muita gente ainda não sabe. Mas a explosão dos preços é consequência da privatização da refinaria Landulpho Alves que, desde dezembro é administrada pela Acelen - que pertence ao fundo de investimento Mudabala Capital, com sede nos Emirados Árabes.

Quer dizer, além de insistir na dolarização dos preços dos combustíveis, para beneficiar os acionistas da Petrobras, o governo Bolsonaro entrega as refinarias de mão beijada ao grande capital e penaliza os brasileiros. O mais irônico é que na campanha eleitoral de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro prometia gasolina a "no máximo" R$ 2,50. Já o gás de cozinha não passaria dos R$ 35,00. Falsa promessa.

 

 



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