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22 de Abril de 2020 às 18:01

COE e Itaú discutem ações contra o avanço da Covid 19

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a direção do Itaú se reuniram, por videoconferência, na manhã da segunda-feira (20/4), para tratar das medidas tomadas contra o avanço do coronavírus.

Após cobrança da COE, o Itaú informou que 45 mil funcionários estão trabalhando de casa, número que ainda pode aumentar. Além disso, 20 mil trabalham em regime de rodízio nas unidades e 7 mil estão afastados sem atividade de home office.

O banco informou ainda que o rodízio foi suspenso em algumas agências nesta semana em decorrência do aumento de demanda com as medidas do governo para pagamento de benefícios, mas que será retomado.

Os representantes dos funcionários cobraram o Itaú sobre o rodízio de GGCs e Gos. O banco, porém, não deu uma definição sobre o tema e afirmou que está garantindo equipamentos de segurança adequados para todos. Também não respondeu sobre a inclusão de lactantes e mães com filhos até dois anos no rodízio.

O Itaú afirmou que irá apresentar uma proposta de compensação de banco de horas para os bancários afastados e que não trabalham remotamente. A COE reivindicou que não sejam descontadas horas passadas antes da data de uma provável assinatura de acordo, que seja reduzido o prazo máximo de compensação de 18 meses apresentado pelo Itaú e que a compensação seja de 1h para cada 1h30, com limite de compensação diária. A direção da empresa ficou de avaliar internamente.

Outras demandas

Na reunião, o Itaú também informou que os bancários que estão de férias e são do grupo de risco devem permanecer afastados e entrarão no novo modelo de banco de horas, em negociação com a COE.

Em relação à função de caixa, que tem dificuldade maior para trabalhar em home office, a direção do banco afirmou que o projeto é para que possam trabalhar em home office, realizando atendimento de call center. Hoje, cerca de 700 caixas atuam no call center em home office e o número pode chegar a 5 mil.

Os trabalhadores cobraram ainda que o Itaú disponibilize testes para todos os bancários, principalmente para aqueles que estão voltando do rodízio. Denunciaram a cobrança de metas nas unidades, inaceitável diante do atual cenário de pandemia. O Itaú afirmou que a orientação é para suspensão das metas durante a pandemia e os gestores que estiverem agindo desta forma serão punidos. Ainda assumiu que há falhas na comunicação em relação ao tema.

Conquistas importantes

O movimento sindical está numa luta constante para melhorar as condições de trabalho, dar mais segurança para as pessoas que não podem deixar de ir para as agências e também para as pessoas do grupo de risco. Não vamos permitir que ninguém seja penalizado e que ninguém corra riscos dentro das agências.

Desde o início das negociações, o movimento sindical já conseguiu do Itaú a compra de máscaras de acetato para os funcionários; suspensão das demissões até o fim da pandemia, exceto em casos de justa causa e desvios éticos; antecipação do 13º salário integral de todos os funcionários para abril; Implantação de trabalho remoto; contingenciamento no acesso de clientes e usuários ao interior das unidades; campanhas de mídia para diminuir a procura pelo atendimento presencial; rodízio de bancários nas agências; disponibilização de álcool em gel para os trabalhadores e afastamento dos bancários que se encontram no grupo de risco para a Covid-19.

A luta por outras medidas para a garantia da segurança, saúde e emprego dos bancários continua.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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