Classe média brasileira está estagnada

O cenário se agravou depois do golpe jurídico-midiático-parlamentar, em 2016
Tida como decisiva em setores como política e economia, a chamada classe média quase não aumentou de tamanho em relação à população total nos últimos 40 anos. Segundo estudo da Faculdade de Campinas, o congelamento é reflexo do fracasso do país em investir em políticas públicas capazes de reduzir as desigualdades sociais.
O cenário se agravou depois do golpe jurídico-midiático-parlamentar, em 2016. A política ultraliberal imposta pelos governos Temer e Bolsonaro interromperam as oportunidades de trabalho para os segmentos menos favorecidos.
Entre 2004 e 2014, o movimento era outro. No período, dos governos Lula e Dilma, as camadas mais baixas conseguiram ingressar no ensino superior, por meio do ProUni e do Fies, e também tinham mais oportunidades no mercado de trabalho formal. Tudo isso favoreceu a ascensão social.
O estudo identifica ainda que a classe média no Brasil usufrui de condições de vida diferentes das camadas populares. A elitização gera desprezo em relação as classes mais baixas, ao lado de bajulação e cordialidade interesseira com os ‘de cima’ da pirâmide social.