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23 de Novembro de 2009 às 22:59

Centrais prometem greve por jornada de 40h

Sindicalistas prometem uma série de greves e paralisações a partir de 15 de janeiro se a Câmara não votar o projeto que reduz a jornada máxima de trabalho de 44 para 40 horas semanais. O projeto está pronto para votação em plenário e ainda não foi apreciado por falta de acordo com deputados representantes do empresariado, que são contrários à redução. A proposta de emenda constitucional não deve ser votada este ano por falta de espaço no calendário, segundo deputados que participaram de reunião entre sindicalistas e empresários com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) no dia 19/11. "O tamanho das divergências será resolvido durante a negociação. O mais importante é que a gente iniciou as negociações", disse o deputado Vicentinho (PT-SP). "Queremos aproveitar o ano eleitoral. É uma luta. Eles (empresários) vão resistir", completou. O encontro foi uma tentativa de negociar a votação do projeto. Parlamentares ligados a trabalhadores e ao setor patronal elogiaram o encontro e a disposição a negociação, apesar de não terem avançado para um acordo concreto. De consenso, há apenas a garantia de que não há tempo para a votação este ano – os projetos do pré-sal e o Orçamento devem ocupar a agenda de votações até o recesso no fim do ano. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), se mostrou disposto a negociar uma saída para a votação do tema. "Ainda há uma distância muito grande até o entendimento, mas vamos continuar discutindo", disse o empresário. Em busca de um acordo, Temer criou uma comissão para discutir o assunto. Uma das propostas que poderá ser debatida é a que reduz a jornada aos poucos, até chegar às 40 horas semanais.



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