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9 de Maio de 2017 às 09:48

Centrais decidem ocupar Brasília contra reformas

O mês de maio é decisivo para a luta contra as reformas da Previdência, trabalhista e a terceirização. Por isto mesmo, representantes das centrais sindicais, reunidos em Brasília, decidiram convocar os trabalhadores de todo o país a ocupar Brasília. A mobilização será de 15 a 19 deste mês e tomará as ruas da capital federal.

Na reunião, as centrais definiram, ainda, que, a depender do andamento das reformas no Congresso Nacional, poderá ser convocada uma nova Greve Geral. O presidente da CUT, Wagner Freitas, frisou que é preciso ampliar a mobilização nacional iniciada com a paralisação de 28 de abril. Acrescentou que se a marcha das reformas continuar como está, o passo seguinte à ocupação será uma Greve Geral mais forte que a primeira. Lembrou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, a reforma da Previdência, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, e o Projeto de Lei (PLC) 38, reforma trabalhista, após ser aprovado no plenário da Câmara se encontra no Senado.
O dirigente classificou como mentirosa a afirmação de Temer de que a reforma trabalhista é modernizadora das relações entre patrões e empregados. "O que se está tentando fazer agora é acabar com a CLT e com os direitos. Estão destruindo e não colocando absolutamente nada no lugar. Não existe nenhuma proposta modernizante", afirmou.
No encontro de Brasília, as centrais avaliaram a Greve Geral do dia 28 de abril. Em documento, constataram que a forte paralisação teve adesão nas fábricas, escolas, órgãos públicos, bancos, transportes urbanos, portos e outros setores da economia e apoio de entidades da sociedade civil como a CNBB, a OAB, o Ministério Público do Trabalho, associações de magistrados e advogados trabalhistas, além do enorme apoio e simpatia da população, desde as grandes capitais até pequenas cidades do interior.
No documento, convocam todos os Sindicatos de trabalhadores para mobilizarem suas categorias para um extenso calendário de lutas, visando ampliar as mobilizações contra os ataques aos direitos trabalhistas e previdenciários.
As centrais também aprovaram um calendário de lutas.
8 a 12 de maio - Comitiva permanente de dirigentes sindicais no Congresso Nacional para pressionar os deputados e senadores e também atividades em suas bases eleitorais para que votem contra a retirada de direitos;
▪ Atividades na base sindicais e nas ruas para continuar a aprofundar o debate com os trabalhadores e a população, sobre os efeitos negativos para a toda sociedade e para o desenvolvimento econômico e social brasileiro.
15 a 19 de maio:
▪ Ocupa Brasília: conclamamos toda a sociedade brasileira, as diversas categorias de trabalhadores do campo e da cidade, os movimentos sociais e de cultura, a ocuparem Brasília para reiterar que a população brasileira é frontalmente contra a aprovação da Reforma da previdência, da Reforma Trabalhista e de toda e qualquer retirada de direitos;
▪ Marcha para Brasília: em conjunto com as organizações sindicais e sociais de todo o país, realizar uma grande manifestação em Brasília contra a retirada de direitos.
.Greve Geral - Se isso ainda não bastar, as Centrais Sindicais assumem o compromisso de organizar um movimento ainda mais forte do que foi o 28 de abril.

 



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