(São Paulo) Após o fim da Campanha Nacional dos Bancários, o processo de negociação permanente com a Caixa Econômica Federal foi retomado nesta terça-feira, 1º de novembro em Brasília. A próxima reunião da mesa permanente ficou agendada para o dia 30 de novembro. A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) apresentou na negociação os itens não contemplados durante a Campanha e que integram a minuta de reivindicações aprovada no 21º Conecef - Congresso Nacional dos Empregados da Caixa. Foi assegurado que a qualquer momento novas reivindicações poderão ser incorporadas, baseadas em novas demandas dos trabalhadores. Confira abaixo o que foi apresentado pela CEE/Caixa e o que ficou resolvido, em alguns pontos. Os temas tratados foram RH 008 - reintegração dos demais demitidos, SIPON, saúde, segurança bancária, avaliadores de penhor, técnicos sociais, jornada de trabalho, metas, PCS/PCC, caixas executivos, PSI, aposentados, TB´s, adicional compensatório por perda de cargo ou função, pagamento de proporcional da comissão para substituto eventual, atendimento agendado nas agências e renegociação de dívidas dos empregados. RH 008 - reintegração dos demais demitidos - Volta aos debates da mesa permanente, já que o GT não foi mantido no ACT. A Caixa deve apresentar lista das pessoas que possuem ação judicial e que não estão reintegradas por liminar, até o dia 04/11; SIPON - Passa para a mesa permanente. A Caixa apresentou em reunião com a participação de representantes da área de Tecnologia, cronograma para início da implantação da interligação dos sistemas no primeiro semestre de 2006. Veja o calendário. - Entre janeiro e fevereiro - implantação de projeto piloto na Matriz e EN´s; - Entre março e abril - ampliação e ajustes do projeto na Matriz e EN´s; - Entre maio e junho - implantação de projeto piloto em agências; - Entre junho e julho - expansão do projeto para as demais agências. Além da interligação dos sistemas ao SIPON também serão debatidos a implantação de "login único", com a finalidade de que um empregado não possa "logar" dois equipamentos ao mesmo tempo. A demanda já está sendo pesquisada pela área de tecnologia. Também entram na discussão do SIPON o fim do registro de horas negativas no sistema, maior rigor nas homologações de registros, entre outros; Saúde - Retomada do GT, com data indicativa de reunião para o período de 21 a 23/11; Segurança Bancária - Retomada do GT, cuja data de reunião deverá ser definida entre as representações; Avaliadores de Penhor - O tema será desdobrado em subitens a serem remetidos para as discussões temáticas específicas como GT-Saúde, GT-Segurança, PCS/PCC, e demais da mesa permanente; Técnicos Sociais - Ficou definido que os atuais ocupantes de função que possuam os requisitos previstos no RH 060 serão promovidos, de acordo com a disponibilidade de vagas criadas a partir da negociação, em suas atuais lotações, com opção de jornada de 6 ou 8 horas. Para esses casos, sem a aplicação da determinação da CI GEPES/SUPES 034/05 - de criação de novos cargos somente com jornada de 6 horas. Para os cargos excedentes, haverá abertura de PSI, devendo ser observada a determinação da referida CI. Ainda com relação aos técnicos sociais, os demais itens, tais como jornada especial e horas extras, deverão ser retomados; Jornada de Trabalho - Restabelecimento da jornada de 6h para os cargos técnicos e de assessoramento, sem redução salarial; b> Metas - Garantia de metas factíveis, com participação efetiva dos empregados no PNP (Plano Negocial Particiapativo); PCS/PCC - Debate de todos os itens que não foram contemplados na Campanha. Com o fim do GT PCS/PCC, os planos passam a ser debatidos diretamente na mesa; Caixas Executivos Os critérios para nomeação dos atuais caixas flutuantes nas vagas restantes do cargo a ser criado, conforme negociado, serão debatidos com a CEE na próxima reunião; PSI - O tema passa para a mesa, já que o GT não foi mantido no ACT; Aposentados - Extensão do programa de renegociação de dívidas também para os aposentados, solução das questões pendentes da negociação da Funcef e extensão do Auxílio Alimentação para todos; TB`s - Unificação do PCS e isonomia; Adicional Compensatório por perda de Função/Cargo - restabelecimento do direito; Pagamento de percentual da comissão para substituto eventual - criação de norma; Atendimento agendado nas agências - debate sobre o tema; Renegociação de dívidas - A Caixa apresentou proposta com prazo de 48 meses e taxa de 2,7% a.m. A CEE argumentou que face à garantia de recebimento em função da possibilidade de débito consignado, a Caixa pode oferecer melhores condições. Os representantes da Empresa comprometeram-se retomar o assunto com as áreas envolvidas. A CEE solicitou que haja celeridade na resposta uma vez que o compromisso inicial era apresentar a proposta em 14/10. A Caixa também sinalizou afirmativamente quanto a extensão da operação aos aposentados. Quanto à possibilidade de inclusão, no programa de renegociação, de dívidas com outras instituições, informou que também está em estudo e comprometeu-se a dar um retorno rápido; Negociação permanente garante ampliação das conquistas Nos últimos três anos o processo de negociação permanente trouxe muitos avanços em complemento aos itens conquistados nas datas-base. Para que as conquistas sejam ampliadas é fundamental que o espírito de luta e organização sejam mantidos para dar sustentação ao processo. A organização e a coesão dos bancários da Caixa durante a Campanha foram determinantes para a conclusão de mais uma jornada vitoriosa, que beneficiou todos os seguimentos. Ainda carecem de solução itens importantes. Isso só será possível com a participação de todos. As entidades sindicais devem continuar cumprindo seu papel, com a promoção de atividades de organização e debates, como reuniões de delegados sindicais e plenárias gerais, com o objetivo de socializar as informações sobre os desdobramentos das negociações e fazer o levantamento das demandas cotidianas. A resposta dada no plebiscito sobre o novo plano da Funcef, tanto em relação ao nível de participação como à expressiva vitória do "SIM" é mais um indicador de que está havendo grande sintonia entre o anseio dos empregados da Caixa e o trabalho das lideranças sindicais em todo o País.