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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Carlinhos Cantor forjou documento diz Jornal

Ameaçado de perder o mandato por trocar o PR pelo PMDB, o vereador Laudir Munaretto tem um trunfo em sua defesa, que seria forte se não fosse forjado: um documento onde, supostamente, fora expulso de seu ex-partido. A nota foi assinada pelo presidente da Câmara Municipal e da executiva local do PR, Carlinhos Cantor. Agora, ambos podem perder os mandatos: Laudir por infidelidade partidária e Carlinhos por quebra de decoro parlamentar. Além de assinar um documento à revelia da comissão de ética e do diretório regional do partido, Carlinhos desobedeceu ainda uma decisão da executiva, que reunida no final de outubro decidiu solicitar o mandato de Munaretto junto ao TRE. Participaram da reunião Albino Mendes, Joaquim Soares, Antonio Neres, Luiz Machado e Eunice Semzak e Antonio Coca. Não se cogitou a expulsão de Munaretto, que na prática justificaria a mudança de partido, como prevê a resolução do Supremo Tribunal Federal. Carlinhos não foi à reunião alegando estar tratando de assuntos pessoais em sua propriedade rural no distrito da Picadinha, mas que acataria a decisão da executiva. Disse isso, inclusive, à imprensa, com a ressalva de que não concordava. Mas, num flagrante desrespeito aos companheiros de partido, não formalizou a deliberação à Justiça Eleitoral. O presidente do Diretório Regional do PR, deputado estadual Londres Machado, foi avisado sobre o posicionamento da executiva municipal pelo vice-prefeito e secretário municipal de Infra-estrutura, Albino Mendes. Londres acatou a decisão. Na época, Munaretto era o presidente da executiva municipal do PR. Sua ida ao PMDB, no prazo final de filiação partidária para quem pretendia ser candidato em 2008 – 04 de outubro -, foi bastante tumultuada e até hoje não esclarecida. Entre as razões que se comenta na Câmara seria mágoa por ter sido preterido em favor de Albino Mendes na Secretaria Municipal de Infra-estrutura. Fala-se ainda de uma estratégia para desestabilizar o PR e fortalecer um grupo que perdeu espaço no partido neste ano em razão de problemas com a Justiça. O documento, que pode ser usado na defesa de Munaretto no TRE, teria um outro problema: a falta de legitimidade, já que ao sair do partido, Munaretto não tomou o cuidado de comunicar a desfiliação e conseqüente renúncia da presidência do PR local à Justiça Eleitoral. Cantor, que o substituiu, não era na época, portanto, o presidente da executiva. Fonte: Douradosinforma 10/12/2007 - 08:40 h



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