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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Caixa lucra R$ 2,39 bi, Contraf-CUT cobra antecipação da PLR

(São Paulo) No dia em que a Caixa Econômica Federal divulgou seu balanço de 2006, a Contraf-CUT enviou ofício ao banco cobrando a antecipação da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos bancários. A empresa registrou lucro de R$ 2,39 bilhões no ano passado, 15,45% a mais que em 2005. “Os bancos privados divulgaram seus lucros há algumas semanas e boa parte dos bancários já recebeu sua PLR integral. A Caixa publicou o balanço hoje e queremos que antecipe o pagamento para o quanto antes, pois todo trabalhador sabe como é difícil saldar as contas neste início de ano”, diz Vagner Freitas, presidente da Contraf-CUT. Para Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, “com os números consolidados e o balanço divulgado, não há motivos para que o banco não pague a segunda parcela já. Cobramos e esperamos uma resposta positiva logo.” O dirigente lembra que a PLR da Caixa foi uma das grandes conquistas da Campanha Nacional do ano passado. Conforme o acordo, o benefício foi estabelecido em 80% do salário (sem teto) e mais uma parcela fixa de R$ 3.167 para todos. Em outubro, logo após o fechamento das negociações, os bancários receberam 60% da PLR. A segunda parcela, que deverá ser paga agora, equivale aos 40% restantes. O lucro A Caixa Econômica Federal obteve em 2006 um lucro líquido de R$ 2,39 bilhões, o maior de sua história. O resultado é 15,45% a mais que os ganhos do ano anterior. O desempenho do banco rendeu um retorno de 26% sobre o patrimônio líquido, avaliado hoje em R$ 9,182 bilhões. Boa parte do lucro foi impulsionada pelas operações de crédito, que cresceram 23% no ano, enquanto as receitas dessas operações subiram 19%. Ao todo, a Caixa arrecadou R$ 45,689 bilhões com empréstimos no final do ano passado. As receitas de prestação de serviços – que incluem tarifas e taxas – passaram de R$ 5,166 bilhões em 2005 para R$ 5,595 bilhões em 2006. Elas praticamente cobrem os gastos com pessoal, R$ 6,244 bilhões. No período, a Caixa contratou mais 3.995 empregados. “Mas a Caixa precisa contratar muito mais. O atendimento continua precário e pode piorar, já que o banco será um dos principais agentes do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento). Isto vai demandar uma série de serviços e mais pessoal. O resultado expressivo que teve em 2006 revela que a empresa tem condições de contratar mais gente. Agora, que o banco está voltando o seu foco mais para a área social, a direção deve melhorar o atendimento, principalmente para o trabalhador de baixa renda, que não tem acesso à internet e precisa ir pessoalmente às agências”, afirma Plínio Pavão.



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