Cai preço para consumidor de baixa renda, diz FGV. Inflação oficial fica perto de 0%.
Os preços para os consumidores que ganham até dois salários mínimos e meio por mês tiveram a maior queda dos últimos anos. O IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor) de julho mostra que ocorreu deflação de 0,56%. O levantamento feito pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) aponta que essa é a menor taxa desde setembro de 2008, quando o índice chegou em 0,57%. Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou leve alta de 0,01% em julho, ante taxa de 0,00% no mês anterior, informou na sexta-feira, 6/7, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é utilizado nas metas de inflação do governo brasileiro. Mas os preços dos alimentos também diminuíram, com queda para -0,76%, depois de registrarem deflação de 0,90% em junho. Com o resultado, o acumulado do ano está em 3,1%, acima dos 2,81% referentes a igual período de 2009, e nos últimos 12 meses, de 4,6%. Em julho de 2009, o IPCA havia sido de 0,24%. "Vários produtos alimentícios ficaram mais baratos em relação a junho, a exemplo do tomate, que, com preços 23,90% mais baixos, apresentou a mais significativa contribuição para menos no IPCA de julho: -0,05 ponto percentual", afirmou o IBGE em nota. Na outra ponta da balança, a energia elétrica foi o item que exerceu a maior contribuição de alta do mês, influenciado pelo aumento na região metropolitana de Curitiba, onde o reajuste total sobre o quilowatt/hora ficou em cerca de 15%. Os preços de Transportes tiveram avanço de 0,08%, contra queda anterior de 0,21%, devido ao reajuste da tarifa de ônibus urbano em Belém. Os custos de Despesas pessoas arrefeceram, com alta de 0,54% em julho ante 0,74% em junho, em razão de uma desaceleração do cigarro e dos salários dos empregados domésticos.