Brasileiros pagam bilhões para os acionistas da Petrobras
Lucro vai render nada menos do que R$ 35,8 bilhões de dividendos para os acionistas, a maioria investidores estrangeiros
O lucro recorde da Petrobras em 2022, de R$ 188,3 bilhões, alta de 76,6% ante 2021, vai render nada menos do que R$ 35,8 bilhões de dividendos para os acionistas, a maioria investidores estrangeiros, enquanto milhões de brasileiros sentem o peso pesado do preço dos combustíveis no bolso.
Mais grave. No Brasil, mais de 33 milhões de cidadãos passam fome e outros 66 milhões estão em insegurança alimentar e as empresas públicas, como a Petrobras, que deveriam ajudar a combater a miséria e as desigualdades, tiveram o papel comprometido desde o golpe jurídico-midiático-parlamentar.
O governo Lula tenta retomar o protagonismo das empresas. Mas, no caso específico da petrolífera, são muitos problemas. O mercado financeiro e os investidores, com o apoio da grande mídia, fazem jogo sujo para manter a política de PPI (Preço de Paridade Internacional), criada por Temer.
Pela regra, os preços dos combustíveis no país são definidos pela variação do barril de petróleo no mercado externo. Quer dizer, de acordo com o dólar. Uma medida que fez o lucro da empresa disparar e, consequentemente, os dividendos aos acionistas, a troco do aumento absurdo dos preços dos combustíveis.