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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Brasil tem mais postos de correspondentes bancários que agências

O número de postos de atendimento de correspondentes bancários já é maior que o número de agências no Brasil. O país tem mais de 90 mil pontos de atendimento de correspondentes, superando o número de agências bancárias, que são cerca de 50 mil. O movimento sindical bancário entende que o trabalhador que exerce atividades bancárias deve ser enquadrado na categoria bancária. As instituições financeiras economizam ao distribuir a demanda de trabalho aos postos de correspondentes, que realizam as funções de bancário, manuseiam dinheiro, efetuam transações como saques e pagamentos, mas têm o seu contrato de trabalho precarizado. "O correspondente bancário é importante para comunidades onde não existem agências bancárias terem acesso aos serviços bancários. Mas o Banco Central autorizou a abertura de correspondentes em todas as cidades, mesmo as que possuem agências e isso é um crime", relata o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino. "Em primeiro lugar deve vir a integridade física e o direito desses trabalhadores que correm riscos manuseando dinheiro em locais sem a devida segurança e com o contrato de trabalho totalmente precarizado", diz Marcolino. As agências lotéricas e os Correios foram os principais agentes que se tornaram correspondentes bancários. Padarias, farmácias e lojas de bairros também prestam o serviço. A jornada do bancário é de 6 horas, enquanto o correspondente trabalha de 8 a 12 horas. As agências bancárias possuem vigilantes, enquanto não existe a mesma segurança nos postos dos correspondentes. Conquista A mobilização do Sindicato já conseguiu o enquadramento na categoria bancária de funcionários de empresas como a Votorantin, Auto Finance (do grupo HSBC) e Consumer (do ABN Real)que desempenhavam funções de bancários. Além da mudança da representatividade sindical, a conquista amplia os direitos desses trabalhadores. Justiça Um projeto de lei que tramita na Câmara, do deputado licenciado Carlos Bezerra, inclui na categoria de bancários os empregados de empresas credenciadas para a prestação de serviço de correspondente bancário. Para o autor do projeto, "é inegável que ele (o correspondente) está sujeito ao que se chama de fadiga mental, pois o trabalho (de bancário) exige permanente atenção". O ponto alto do PL é a equiparação da carga horária de trabalho dos correspondentes para 6 horas. O PL segue para apreciação pelas comissões de Trabalho, Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Fonte: Gisele Coutinho - Seeb SP



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