O Bradesco foi o primeiro divulgar a remessa dos lucros semestrais dos bancos em atividade no Brasil, anunciando o acúmulo de R$ 4,602 bilhões no período, com o ajuste da inflação. É o maior da história. Segundo a empresa, os ganhos cresceram 16,4% de janeiro a junho, impulsionados, principalmente, pelo crescimento da car teira de crédito. Somente no segundo trimestre, o banco lucrou R$ 2,405 bilhões, 4,7% acima do resultado de R$ 2,297 bilhões no mesmo período do ano passado. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, a alta foi de 14,4%. “Agora só resta saber, se o Bradesco vai aceitar dividir o excelente resultado com os funcionários, que estão em plena campanha salarial. Se resolver dificultar as coisas na mesa de negociação, como costuma fazer, o banco, pelo menos, terá de arranjar uma boa desculpa, pois o reajuste reivindicado pelos bancários, de 11%, é bem menor do que o percentual de crescimento apresentado pelo Bradesco no período”. Afirma Joacir Rodrigues, secretário de imprensa do Sindicato e membro da Comissão de Empregados do Bradesco, (COE-BRADESCO). SANTANDER: O Santander no Brasil não ficou para trás, atingiu R$ 2,02 bilhões, o dobro do 1ª semestre de 2009. Como o Bradesco, o aumento do lucro se deve a retomada das operações de crédito, que obteve um crescimento de 9,9%. O destaque se deve ao crédito pessoal (23,6%) e no cartão de crédito (24,8%). Segundo Laudelino Vieira, diretor de formação sindical do Sindicato dos Bancários de Dourados e Região e funcionário do Santander, “esse crescimento vai ter que aparecer na mesa de negociação, afinal de contas quem faz esse lucro é o bancário e está na hora inclusive do banco tratar seus funcionários com mais respeito e sem pressão”. Para Walter Ogima, diretor do Sindicato e também funcionário do Santander: “Apesar dos resultados positivos, os bancários questionam o repasse na PLR (Participação por Lucros e Resultados) e o aumento real de salário, pois estão na linha de frente do atendimento aumentando o lucro da empresa”.