A farra dos bancos em operação no Brasil continua e, enquanto os funcionários são explorados, as empresas aumentam o patrimônio. O Bradesco anunciou ontem a compra do BMC, um dos dois maiores bancos privados em crédito consignado do INSS no país. O negócio foi fechado por cerca de R$ 800 milhões e o investimento inclui as subsidiárias BMC Asset Management, BMC Previdência Privada e Credicerto. Pela transação, os acionistas do BMC, banco fundado em 1939, receberão ações do Bradesco, que correspondem, aproximadamente, a 0,94% do seu capital social. A carteira de crédito do BMC tem valor estimado em R$ 2 bilhões. Desse montante, 58% correspondem a empréstimos com desconto em folha de pagamento; 18% a operações de financiamento e leasing de veículos; e 24% a empréstimos comerciais para pequenas e médias empresas. Em balanço divulgado em setembro do ano passado, o BMC, que tinha 14 agências, reunia ativos totais de R$ 2,345 bilhões e patrimônio líquido no valor de R$ 278 milhões. Já o Bradesco, o segundo maior banco privado do país, acumulava ativos totais de R$ 195,680 bilhões