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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

BMB não vai fechar mais nenhuma agência

(São Paulo) O Banco Mercantil do Brasil (BMB) anunciou nesta quinta-feira, dia 8, o fim do processo de reestruturação que resultou, desde o início do ano, no fechamento de 21 agências e na demissão de cerca de quarenta bancários. O compromisso do BMB foi assumido durante a rodada de negociação com a Contraf-CUT nesta tarde. “O fim do fechamento das agências é um avanço e representa um alívio para aquelas unidades que continuam funcionando. Mas o BMB não se comprometeu a encerrar as demissões por aqui. Cerca de quarenta funcionários já foram demitidos e outros tantos ainda poderão ser dispensados. Por isso é importante que os sindicatos continuem acompanhando o processo de perto e mantenham a base mobilizada para resistirmos às demissões”, comentou Marco Aurélio Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE). Embora o BMB tenha afirmado que vai aproveitar todos os bancários que puder, a direção não assumiu qualquer compromisso e nem passou o número exato de quantos já perderam o emprego neste processo. “O compromisso que o banco assumiu foi o de criar uma comissão tripartite com os sindicatos e com o INSS para avaliar os casos de empregados que reclamam estabilidade por doenças ocupacionais. Se essa comissão entender que o bancário está lesionado, o BMB vai readmitir”, explicou Marco Aurélio. O banco, entretanto, manteve a demissão de dirigentes sindicais em Nova Friburgo e Niterói, ambas no Rio. Como a única agência dessas cidades foi fechada, o BMB diz que não tem obrigação legal de manter os sindicalistas. “Não concordamos e vamos tomar as providencias judiciais cabíveis”, afirmou Marco Aurélio. Protestos Enquanto a Contraf-CUT e o BMB negociavam na sede da empresa, em Belo Horizonte, mais de quatrocentos funcionários participavam de um ato de protesto realizado pelo Sindicato de BH, em frente à matriz do Banco Mercantil do Brasil em repúdio à onda de demissões patrocinadas pela empresa. Também marcaram presença na manifestação representantes do Sindicato dos Bancários de Juiz de Fora e da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Durante o ato, uma apresentação teatral criticou a postura do Mercantil. O Sindicato também distribuiu uma carta aberta para alertar sobre o desrespeito do Mercantil com clientes, funcionários e usuários do banco. Em 2005, somente em Belo Horizonte 220 bancários do Mercantil foram demitidos. Em 2006, mais de 100 postos de trabalho foram fechados em BH. O atendimento no Mercantil está cada vez pior, pois há poucos funcionários para um grande número de clientes e usuários. Durante o ato também foram distribuídos mais de 700 pirulitos para combater a amargura que tomou conta dos bancários no Mercantil. Segundo os funcionários que participaram do ato, os pirulitos iriam ajudar a “adoçar” um pouco a sofrida situação. Fonte: Contraf-CUT



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