BB um salto para trás nas negociações
Que os bancos sempre choram nas mesas de negociações, todo mundo sabe. Mas este ano a direção do Banco do Brasil ultrapassou todos os limites da intolerância e intransigência. A empresa sequer marcou um calendário para as negociações. Na primeira reunião com os funcionários, os representantes do banco ficaram apenas 15 minutos na negociação e não apresentaram nenhuma proposta para os trabalhadores, nem mesmo para definir o calendário. “A minuta de reivindicações foi entregue no dia 13 de agosto. Houve tempo de sobra para a direção do BB estudar as propostas e atender às reivindicações. Não vamos aceitar o desrespeito e desprezo da empresa com o funcionalismo, vamos reagir, informa João Simioni, que considera um abuso e um autoritarismo essa posição da direção do banco que precisa ser trocada urgentemente. No primeiro semestre deste ano, o BB faturou quase R$4 bilhões, um lucro histórico e um crescimento de 61% em relação ao mesmo período de 2007. “É vergonhosa a postura do BB. Vão ter a resposta que merecem”, completa Azevedo.