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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

banqueiros demitem 123 mil trabalhadores em 8 anos

O Balanço divulgado pela Folha de São Paulo, na edição do último sábado, 27, revela que no período entre 1996 e 2004 o lucro dos bancos privados brasileiros saltou de R$ 2,7 bilhões, há oito anos (com rentabilidade de 13,5% dos patrimônios), para R$ 12,5 bilhões no ano passado – retorno de 21,9%. O processo de privatização dos bancos públicos, os investimentos crescentes em tecnologia e os cortes massivos de pessoal explicam o estrondoso desempenho do setor bancário privado no País nesse período. O jornal informa que, enquanto em 1996, metade dos ativos de todo o setor bancário estava nos bancos públicos – cinco instituições federais e 23 estaduais concentravam 55% das aplicações em todo o sistema financeiro -, no final do ano passado o setor público encolhera para 37%. Enquanto isso, no mesmo período, os bancos privados – sobretudo os nacionais, aumentaram a sua participação no mercado de 31% para 41%. A eficiência dos bancos privados no país está intimamente ligada à expansão da dívida pública e das operações de crédito nos últimos dez anos, que os favorecem em função das altas taxas de juros alimentadas pela política cambial que manteve a paridade do real com o dólar. Isso reforça a tese de que o setor bancário é um dos sócios privilegiados do desemprego e do arrocho no poder de compra dos trabalhadores do País. Também contribuiu de forma decisiva para este êxito os programas de socorro a bancos falidos, conduzidos pelo governo, como o Proer, por exemplo, que assumiu os ativos podres de instituições como o Nacional, o Bamerindus e o Econômico, na primeira metade da década de 90. Nessa mesma linha, para favorecer o processo de privatização de instituições públicas, destacam-se também o Proes e o Proef. Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá



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