Bancos públicos são fundamentais durante as crises

A importância dos bancos públicos para o Brasil e para o mundo, especialmente no momento de crise, sempre foi defendido pelo Sindicato dos Bancários de Dourados e Região. No atual cenário, de pandemia mundial de coronavírus, as estatais são logo lembradas.
O governo esquece a política de desmonte em curso e convoca a Caixa, o BB e o BNDES para reforçarem a liquidez do sistema financeiro e atender as necessidades de crédito da sociedade. Os três principais bancos públicos do país disponibilizam recursos para auxiliar empresas e famílias em dificuldades.
Somente a Caixa injeta R$ 75 bilhões. Desse total, R$ 30 bilhões serão usados para a compra de carteiras de crédito consignado e de financiamento de automóveis, R$ 40 bilhões para o capital de giro do setor imobiliário e de micro, pequenas e médias empresas. O único banco 100% público do Brasil é o principal operador das políticas públicas.
A Caixa deve liberar ainda R$ 5 bilhões para o crédito agrícola e recursos do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), com a intenção de sanar situações emergenciais. Já o BB, conforme as medidas anunciadas, será responsável por R$24 bilhões, que devem ser destinados à linha de crédito pessoal, e R$ 48 bilhões de crédito para empresas.
Esta não é a primeira vez e nem será a última que os bancos públicos vão socorrer o país. Durante a crise financeira mundial em 2008, as empresas foram instrumento para a recuperação e agora o governo recorre novamente.
A economia do Brasil está vulnerável com medidas ultraliberais dos governos Temer e Bolsonaro, a exemplo das reformas trabalhistas e da Previdência, combinada com políticas fiscais como o teto de gastos (Emenda Constitucional 95).
Os bancos públicos são essenciais, pois contribuem com um projeto nacional de crescimento com inclusão, baseado em investimento público, financiamento da produção e das famílias, geração de empregos e aumento da renda da população. Tudo isto através de fornecimento de crédito a juros mais baixos, financiamento de moradias populares e de alto padrão, investimento na agricultura familiar e nas micro e grandes empresas, além de impulsionarem setores informais.